Projeto EMBRAPII ganhou o nome de B-Pellet e possibilita nova destinação aos resíduos orgânicos brasileiros
O LONDRINENSE com Assessoria
Pellets são biocombustíveis sólidos, geralmente produzidos com restos de madeira, serragem e outros insumos. Em formato semelhante a uma cápsula de remédio, eles servem para alimentar fornos e lareiras e são muito usados principalmente para uso doméstico em casas de regiões com temperaturas mais baixas.
Pensando no desenvolvimento de propostas sustentáveis, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) apoiou o projeto da empresa cearense Regenera do Brasil que, juntamente com os pesquisadores da Unidade EMBRAPII-Instituto Senai de Inovação (ISI) Biomassa, criaram pellets feitos com resíduos de produtos brasileiros muito conhecidos como cascas de coco verde, restos de castanha de caju, açaí e outros insumos que poderiam ir parar no lixo.
“Fizemos um mix de biomassas para criar o material e o formatamos para os padrões europeus, além disso, estamos ajudando a dar um novo destino para esses resíduos orgânicos no país, principalmente o coco verde, que são gerados aos montes no nordeste brasileiro”, explica Hélio Merá de Assis, coordenador do projeto da Unidade EMBRAPII – ISI Biomassa.
Segundo o pesquisador, o projeto está 95% completo e o foco da empresa, detentora do produto, é o mercado consumidor europeu. Ele foi viabilizado após receber recursos não reembolsáveis da EMBRAPII que ofereceu ainda acompanhamento e toda a estrutura de pesquisa necessária para o desenvolvimento da proposta. “Começamos o projeto de pesquisa em 2020 e recebemos um investimento da EMBRAPII de R$ 130 mil, o que certamente contribuiu para o avanço dos estudos”, conta Hélio.
Sobre a EMBRAPII
A EMBRAPII é uma Organização Social com Contrato de Gestão com os Ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Educação (MEC) e Saúde (MS). A instituição garante com recursos não reembolsáveis parte do valor total do projeto da empresa que deseja inovar. Para viabilizar o desenvolvimento, coloca à disposição 64 Unidades EMBRAPII (distribuídas pelo país), centros de pesquisa de ponta credenciados na rede de inovação. Mais de 800 empresas já receberam este apoio totalizando o desenvolvimento de mais de 1.200 projetos com 1,7 bilhão em investimentos.