Por Cláudio Chiusoli
Nos noticiários, escutamos sobre a desvalorização do real frente ao dólar, mas no final, como entender essa situação e seu impacto?
Esse tema é definido como a paridade cambial que corresponde à relação de poder de compra entre moedas de diferentes países, como o real (R$) e o dólar americano (US$).
É importante entender que quando o Plano Real foi implantado, em julho de 1994, o preço cotado de US$ 1 era equivalente a R$ 0,93, enquanto hoje o valor do mesmo dólar na cotação comercial gira em torno de R $ 5,56 (Outubro/2021).
Portanto, a movimentação do valor de R$ 0,93 para R$ 5,56 reais é referido como a desvalorização de nossa moeda e, por outro lado, valorização do dólar americano. Ou seja, precisamos de mais reais para comprar a mesma quantia em dólares.
O atual sistema de câmbio do Brasil é flutuante, o que se explica pelo fato de o BACEN (Banco Central) não intervir no mercado e nem definir as regras cambiais.
A taxa de câmbio é determinada pela conhecida lei de oferta e procura da moeda estrangeira, porque as cotações são diárias. No passado, há muito tempo, o Brasil havia adotado um sistema de câmbio fixo estabelecido pelo governo.
Entenda que quanto menor a oferta de dólares, há aumento do seu valor e, por consequência, a desvalorização do real. Por outro lado, na abundância da moeda estrangeira ocorre o declínio da taxa de câmbio que implica em um real valorizado.
Mas afinal, em termos práticos, quais são as vantagens e desvantagens?
Isso afeta quem exporta ou importa produtos, sejam empresas ou pessoas físicas.
Nesse caso, a maior desvantagem no momento é que, ao importar produtos ou viajar para o exterior, vai pagar mais pelo preço cotado (US$ 1 = R$ 5,56).
Por exemplo, se viajar para Foz e fizer compras no Paraguai, verá que o produto é mais caro devido à taxa de câmbio do dólar americano, ainda porque usam a taxa de câmbio do dólar turismo, que é mais alta.
Por outro lado, é mais vantajoso para as empresas exportadoras, porque com o preço atual as empresas vão conseguir mais reais e seus produtos serão mais competitivos no exterior.
Agora dá para entender porque os preços de alguns produtos que encontramos no supermercado estão mais altos.
Fique por dentro. Boa semana. Gratidão!
Cláudio Chiusoli
Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.
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Foto: Vecteezy