Por Cláudio Chiusoli
No artigo anterior (leia aqui), comentei que as taxas de juros elevadas tornam o financiamento imobiliário com prestações mais elevadas, o que é claramente uma situação desvantajosa para quem não dispõe de recursos disponíveis.
Por outro lado, há muitas situações a apontar, suportado pelos questionamentos de leitores que recebi depois da coluna.
Deste modo, tento responder a cada pergunta de forma sucinta dentro do entendimento do ponto de vista econômico.
*Tenho financiamento imobiliário, é possível fazer portabilidade? *Meu contrato tem uma taxa de 6% ao ano, é interessante pensar na portabilidade quando a taxa Selic cair?
Sim, é possível fazer a portabilidade, porém, como a taxa do contrato está menor que a taxa atual, está protegido, não vale a pena. No entanto, caso a taxa Selic caia abaixo de 6%, vale a pena pesquisar pela portabilidade.
* Me disseram que o consórcio é uma boa opção, com juros mais baixos, porque tenho um saldo de financiamento imobiliário no banco e quero quitá-lo. É verdade?
É possível negociar uma carta de crédito que já foi contemplada, mas, muitas vezes há um ágio em cima do valor, que vale a pena avaliar. Se for comprar assim, vai restar apenas as parcelas futuras, e é melhor que o prazo para quitação seja o mais curto possível. Acontece que, enquanto a parcela é revisada por meio de algum indicador constando no contrato, ela tem uma taxa menor porque não há cobrança de juros, mas sim referente a taxa de administração.
*Quero construir e tenho boa parte de capital, o que devo fazer?
A dica é, com esse valor disponível, procurar uma corretora de confiança que ofereça diversas aplicações como compra de ações, fundos imobiliários ou até tesouro direto, isto é, diversificar o investimento. Como resultado, o planejamento do fluxo de caixa para o desejo de construção ficará mais fácil.
*Desejo fazer um financiamento imobiliário, qual seria a melhor opção, parcelas fixas (PRICE) ou parcelas que vão decrescendo mês a mês (SAC)?
Em financiamentos de longo prazo, como 360 meses, e como comprador não espera aumento de receita durante o período, o SAC é o que mais indicado, principalmente se a inflação estiver baixa nesse período, até porque é o indicador que deve reajustar o saldo devedor. Por outro lado, a vantagem da tabela PRICE é que inicia pagando um pouco menos no início da prestação em comparação com o SAC e se houver uma forte alta da inflação sua parcela será sempre fixa, assim, estará protegido.
Fique por dentro. Boa semana. Gratidão!

Cláudio Chiusoli
Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.
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