Depressão: no Brasil, doença é mais comum em idosos entre 60 e 64 anos

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Envelhecer traz consigo uma série de inconvenientes e incômodos próprios da idade, desde dores e limitações na mobilidade até a solidão. E é justamente o descaso e o abandono da família em relação aos seus idosos, aliados à falta de atendimento médico, que provocam um dos maiores males que nossos velhinhos enfrentam, de modo particular os brasileiros: a depressão. No Brasil, a doença é mais comum em pessoas de 60 a 64 anos.

A Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 apontou que a depressão acomete cerca de 11,2 milhões de brasileiros, dos quais 11,1% estão na faixa de 60 a 64 anos. É o maior percentual da doença no país. O diagnóstico que surge na velhice se dá em razão, principalmente, da falta de assistência médica (muitos especialistas ainda não se deram conta de que nossos idosos estão depressivos) e os descaso da família (abandono e solidão, por exemplo). Além de tudo isso, é preciso levar em conta que os idosos estão tendo de lidar com a morte o tempo todo: amigos e até cônjuges estão morrendo.

E sabe o que é preocupante? O Brasil está ficando velho. Dados do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que em 1980 a população brasileira com 60 anos ou mais passava um pouco dos 7 milhões. Em 2010, último censo realizado, eram mais de 20 milhões. E a expectativa é que em 2050 ultrapasse os 60 milhões. Com mais idosos, precisamos nos atentar e cuidar de nossos avôs e avós. Mais atenção, por favor! Mais carinho, também! Mais amor. É o que basta.

Além disso, incentivar e estimular a ocupação (inclusive econômica) da população nessa faixa etária faz com que se sintam importantes e úteis, embora a utilidade deva estar menos em evidência do que o significado. Por isso, é preciso envelhecer com qualidade: buscar o aconchego familiar, procurar estar com a mente e o corpo ocupados, entre outros fatores e aspectos que podem afastar o risco da depressão. Entretanto, se ela der sinais, é preciso agir rápido. Como? Buscando ajuda profissional. Quando mais cedo pudermos reverter o problema, melhor será!

Foto: Pixabay

Camila Luporini

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É psicóloga formada pela Unifil, com pós-graduação em Residência clínica e em Saúde e psicoterapia psicanalítica, ambas pela Unifil. Hoje atua em clínica geral e como profissional contratada da Unimed Londrina.

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