Por Telma Elorza
A Mesa Executiva da Câmara Municipal de Londrina – composta pelos vereadores Jairo Tamura, Daniele Ziober, Prof.ª Sonia Gimenez, Ailton Nantes e Mara Boca Aberta – recuou e protocolou um requerimento, na terça-feira (22), para interromper definitivamente o projeto de resolução- de sua autoria – que ampliaria o número de cargos comissionados no Legislativo, com salários superiores a R$ 20 mil.
Na proposta, estava prevista inclusão da Procuradoria Especial da Mulher entre os órgãos de deliberação político-administrativa, a Diretoria de Comunicação (hoje inexistente), a Diretoria Legislativa (hoje desocupada, por decisão judicial), a Escola do Legislativo e a Diretoria-Geral. Só a Diretoria de Comunicação e a Diretoria Legislativa teriam um salário de R$ 21.217,09 cada, que, em 2023, causaria um impacto de R$R$ 374.241,37 para cada um. Dinheiro público jogado fora sem necessidade.
O que tiramos de lição desse recuo? Que a sociedade pode, sim, intervir para evitar gastos desnecessários para beneficiar apadrinhados políticos. A polêmica fez com que os vereadores fossem bombardeados por mensagens e questionamentos. Sentindo a pressão da sociedade, os vereadores preferiram dar um fim ao projeto. Foram sensatos nisso, pelo menos.
A Câmara de Vereadores vem protagonizando uma série de erros e desrespeitando as assessorias técnicas, principalmente a Jurídica, que está ali para apontar as irregularidades nos projetos de lei. Com isso, aprovam leis inconstitucionais e ilegais e gastam o dinheiro público à toa. As últimas eleições já deram um recado bem audível para todos os vereadores que as disputaram. Agora, o recado foi direto, feito pelos próprios eleitores: chega de irresponsabilidade.
Foto: Arquivo/Fernando Cremonez/CML
Uma resposta
Uma vergonha.
O País enfrentando desemprego, arrocho salarial, aumento da cesta básica, aumento de casos de Covid e os vereadores de Londrina criando cargos com altos salários.
Em 2024, espero que o eleitorado não os reeleja. A ver.