Por Ana Paula Barcellos
Não é novidade que sou fã de brechós – inclusive já falei muito sobre eles por aqui e sobre as vantagens de se adquirir peças seminovas ou de segunda mão por um preço acessível (Ainda não leu? Espia!).
Não vou repetir a lista todinha, vou só relembrar que é um jeito muito sustentável de se vestir e, de quebra, garantir um estilo único. Isso porque, claro, nos brechós é possível encontrar bastante “modinha”, mas também peças únicas, que você não vai encontrar em nenhum outro lugar.
Algumas das peças mais legais que tenho no guarda-roupa são brecholentas. Algumas comprei novas, com etiqueta, outras de segunda mão mas em excelentes condições. E estão sempre me perguntando onde comprei!
Pensando nisso, decidi fazer uma lista com meus brechós preferidos aqui de Londrina. Lista afetiva mas também sincera, com prós e contras. De qualquer forma, impossível sair de qualquer um desses lugares sem ter se apaixonado por pelo menos meia dúzia de peças.
Cito primeiro o meu queridinho, Brechó da Mary (@mary.brecho_), que fica na Rua Pará, 551. A Mary (Marina) me enlouquece com sua seleção primorosa e eu sempre brinco que a missão dela nessa vida é me levar à falência. Vou ao brechó de tempos e tempos e saio com duas sacolas cheias. Isso porque lá tem desde roupas grifadas até roupas de confecção local desconhecida customizada que são um show. E os preços são mais que justos: dá pra comprar jaqueta boa por R$ 50 e camisa “de marca” em ótimo estado por R$ 35. O contra? As outras clientes do brechó também são sedentas por novidades e vivem de olho no IG, o que dificulta a vida de quem trabalha o dia inteiro e quer garimpar, hi. Mary posta uma foto e 15 minutos depois as melhores peças já foram reservadas ou compradas. Ainda assim, vale a pena garimpar na loja, muitas das roupas não vão para o Insta.
Outro brechó delícia de Londrama é o Maria Gastona (@mariagastonabrecho). O diferencial fica por conta da vibe original e descolada e pelas peças mais diferentonas, bem do tipo que se espera encontrar em um garimpo. O brechó conta ainda com uma linha de kimonos autorais bem legal! O contra não chega a ser um cooontra, mas se de um lado é legal não focar tanto em etiqueta, por outro, não saber exatamente o que você está comprando (ainda que modificado ou customizado) dificulta um pouco na hora de calcular custo-benefício. Tá certo que outros pontos sempre são levados em consideração na hora de escolher, como qualidade da peça/modelagem, tecido, exclusividade etc., mas pra quem garimpa “a sério” marca importa sim.
O Anelli (@anellibrecho) é um brechó mais tradicional e do tipo “tem de tudo”, mas ainda assim muito bom. Lá é possível encontrar bastante roupa do tipo “modinha”, muita trend anos 2000 e peças de modelagem mais clássica. Um dos pontos altos da loja é ter uma seleção excelente de vestidos de festa com preços excelentes. Mas o destaque, com certeza, vai para os calçados: lá é possível encontrar pares de marcas conhecidas em ótimo estado de conservação e por “precinho”. O contra é que a seção de peças de 1 real já foi muito boa, achei vestidos incríveis lá, mas hoje não vale a pena. O Anelli tem duas lojas físicas: Rua Quintino Bocaiuva, 247 e Rua Sergipe, 1036.
E finalizo essa parte falando do Dona Chica (@donachicabrechoutlet). Quem me chamou atenção pra ele foi a Telma, nossa editora! Depois descobri que já seguia no Insta. Fica na Rua Nilson Ribas, 820 e tem uma das melhores curadorias da cidade, sem exagero. Uma variedade incrível, peças super estilosas, muitas marcas famosas e preço muito bom. Lá tem vestido novo por R$ 40 e é possível encontrar sandália da Capodarte linda por módicos R$ 30. O contra é que tem muita roupa P, postam muita roupa P no Insta, do tipo que não passa nem na coxa da brasileira média. Gostaria de ver mais diversidade de tamanhos. Ainda assim, vale super o garimpo!
Ufa, falei pra caramba hoje – isso que só estou na metade da lista! Mas assunto bom é assim mesmo, reeeende. Semana que vem tem mais!
Ana Paula Barcellos
Viciada em botas, sacoleira e brecholenta, trabalha com criação de joias artesanais e pesquisa de tendências. Tem foto da Suzy Menkes na estante e escreve essa coluna usando pijama velho, deitada no sofá enquanto toma café com chocolate.
Foto: Pinterest