Por Ana Paula Barcellos
Essa semana foi difícil definir sobre o quê eu escreveria… Pela primeira vez, em muitos meses, estava com pelo menos 5 ideias diferentes na cabeça para escrever a coluna. Tinha acabado de fazer a via sacra da leitura fashion de todas as semanas e as ideias borbulhavam! Sinal dos novos velhos tempos? Estamos nos vacinando e a vida entrando mais ou menos nos eixos?
Percebi então que faz tempo que não trago um apanhado das notícias fashion mais legais. E começo pensando nas semanas de moda que aconteceram recentemente e não tinha citado ainda. Faço o gancho pra falar de uma tendência que já vem aparecendo no cotidiano e Insta de várias famosas e que é bem fim 1990/começo 2000, ou bem Y2K: a volta do bolero repaginado e dos cardigãs, abotoados só no alto ou no meio. A ideia aqui é usar sozinho, para deixar pele à mostra, mas sem revelar tanto. A tendência é tida como fortíssima – para nós, principalmente no verão 2022.
E sigo falando sobre a coleção da Givenchy by Matthew Williams. A frente do cargo de diretor criativo há pouco mais de um ano, o designer vem acrescentando toques bem interessantes ao estilo da marca e focando, inclusive, no consumidor mais jovem. A Givenchy é uma grife que eu curto bastante, mas sobre a qual quase não falo – percebi isso agora. Tem coleções muito coesas, peças muito interessantes e que têm ficado ainda melhores com a intervenção de Williams e seus colaboradores convidados. A última apresentação contou com muitas sobreposições, também com cardigãs e bastante cor. Destaque para os vestidos sobrepondo calças e botas e os conjuntos de 3 peças em alfaiataria.
Continuo com os elogios a Jennifer Lopez, tecidos por mais de uma publicação, por usar a cor marrom a seu favor. Isso porque o marrom é uma cor considerada difícil – coisa com a qual concordo muito, dependendo do tom. A cantora e atriz seria uma especialista no uso dos tons terrosos – a L’Officiel mesmo dedicou uma matéria toda a mostrar essa habilidade da atriz. JLo tem estado cada vez mais sob os holofotes depois de retomar o relacionamento com Ben Affleck. Eu, particularmente, não sou muito fã do estilo dela, mas gostei muito do vestido abaixo. Um desses até eu usava, rs.
Faço pausa para falar de mais uma matéria muito assertiva, no alvo mesmo, publicada no site da Vogue Brasil. Intitulada “Raça, gênero e representatividade: as problemáticas do metaverso”, a revista traz, mais uma vez, um debate urgente: a ética precisa nortear a política das marcas que se valem do uso da diversidade em suas campanhas virtuais. Não basta incluir, é preciso fazer inclusão digital com responsabilidade. Não basta parecer, precisa ser; incluir não é sobre surfar a onda do momento! Para ler a matéria, só clicar aqui.
E encerro com as cores: a psicologia das cores vem dar pinta, mais uma vez, em vários sites de trends – rola pelo menos uma vez por ano, né? E a gente tem vivido momentos em que essa lembrança chega a ser bem vinda. Isso porque o poder da sugestão já foi mais que comprovado, e tudo o que pode trazer uma sensação e bem estar, dar aquele up, é mais que bem vindo. E cores ajudam mesmo, quanto mais fortes, mais quentes, melhor! Eu mesma vou tentar voltar com umas roupas turquesas, umas estampas maiores, uns looks amarelos… vou até tirar do armário aquele conjunto que ganhei e nunca usei!
Bônus: pesquisem sobre a designer Priya Ahluwallia.
Ana Paula Barcellos
Escritora, designer de joias artesanais, marketeira e pesquisadora de tendências. Trabalha com as marcas Pinacola e Ana Diana.
Foto: Pexels