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Cismepar começa a demitir funcionários do HZN e HZS. Servidores dos CAPS também estão sendo dispensados

Funeas deve assumir administração e pessoal dos hospitais estaduais. Nos CAPS, todos os trabalhadores deverão ser concursados

Telma Elorza

O LONDRINENSE

O Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar), responsável por contratos de trabalhadores que atuam na área de saúde em Londrina e mais 20 municípios da região, começou a demitir funcionários que atuam nos Hospitais da Zona Norte e Zona Sul, além de outros que atuam nos três Centros de Atenção Psicossocial de Londrina (CAPS), responsável por boa parte do atendimento psiquiátrico do Município. Os trabalhadores contratados pelo consórcio para atuarem nos hospitais serão todos demitidos até o final do ano. A partir do ano que vem, a Fundação Estatal de Atuação em Saúde do Paraná (Funeas) vai assumir a administração dos hospitais, que são estaduais. Os CAPS deve trabalhar, a partir do ano que vem, apenas com servidores concursados-, segundo informações repassadas aO LONDRINENSE por funcionários que já foram demitidos -, mas ainda não há data prevista para isso.

Dos 290 trabalhadores contratados pelo Cismepar, 56 estão lotados nos Hospitais ZN e ZS e 62 nos CAPS, somando 118. Destes, 18 já foram demitidos, nos últimos dois meses, segundo informações do próprio site do consórcio: 13 nos CAPS – que correspondem a três unidades: CAPS III, Infantil (i) e Álcool e Drogas (AD); e cinco nos hospitais.

Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) está em trâmite um aditivo ao contrato de gestão entre a Funeas e a secretaria para a gestão das unidades hospitalares estaduais em Londrina. Segundo a assessoria, “há aproximadamente 25 anos o Cismepar contrata pessoal para a administração destes hospitais, o que, no Estado do Paraná, foi legalmente definido que é o papel da Funeas. A fundação, criada por lei, e ligada à Sesa, já tem a gestão dos hospitais de Santo Antônio da Platina, de Francisco Beltrão, Infantil de Campo Largo, regional do Litoral em Paranaguá e de Guaraqueçaba. 

De acordo com a informação repassada, além da contratação de pessoal complementar às equipes de servidores do Estado que trabalham nesses hospitais, a Funeas também vai fazer, “em conjunto com a direção atual dos hospitais, a gestão da unidade, provendo materiais e medicamentos, equipamentos e manutenção correta, reformas e melhorias necessárias nos prédios, veículos e outras questões necessárias e previstas nas metas que foram criadas pela Sesa e que vão ser acompanhadas por equipe de fiscalização da secretaria de Estado.

De acordo com a assessoria, os profissionais demitidos, “se tiverem interesse”, poderão participar do processo de seleção que será feito para a continuidade das atividades pela Funeas. “As portas estarão abertas e, provavelmente, pela experiência de anos de trabalho, serão aproveitados na composição das equipes de trabalho”, finaliza o comunicado.

Saúde Mental – O serviço de atendimento psiquiátrico em Londrina se resume aos três CAPS e dois hospitais particulares que atendem pelo SUS. O restante de vagas de internação, principalmente para usuários de drogas, estão em mãos de comunidades terapêuticas ligadas, principalmente, a igrejas. A última e maior readequação que o serviço sofreu nos últimos seis anos foi a mudança, em março deste ano, do CAPS AD para um prédio novo, no cruzamento das Avenidas JK com Duque de Caxias. O restante permanece exatamente a mesma coisa desde o início. “Hoje, o serviço já estava sofrendo por falta de pessoal. Com a demissão desses funcionários, está ainda mais complicado. E ninguém fala na de repor pessoal”, explica uma servidora municipal que trabalha no CAPS i. “Só sabemos que vamos ser demitidos até o ano que vem, porque o Cismepar já avisou. Mas não sabemos quando. Isso é o pior, não ter uma data para terminar essa angústia”, diz uma das contratadas pelo consórcio.

O LONDRINENSE tentou, por várias vezes em 24 horas, falar com a diretoria executiva do Cismepar e com o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, mas não obteve retorno de nenhum até o momento.

Foto: Arquivo/AEN

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