Recebi a segunda dose da vacina contra covid-19 no mesmo dia que Londrina chega à marca de 300 mil vacinados
Telma Elorza
O LONDRINENSE
Esta terça-feira (3) vai ficar marcada na minha memória até o fim dos meus dias. Depois de quase 90 dias de espera, recebi a segunda dose da vacina da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, na Unidade Básica de Saúde Alvorada, o mais próximo de casa. Agora sou um jacaré completo. E protegido. Minha saúde agradece ao SUS e à ciência pela vacina.
Confesso que estava ansiosa e fiquei um pouco decepcionada ao enfrentar uma fila no ponto de vacinação, ao contrário do que aconteceu na primeira dose. Mas uma espera de meia hora não me derrotou. Esperaria bem mais, se fosse necessário, só para garantir minha imunização. Aliás, fiquei feliz em ver que a população está consciente e buscando a vacinação.
Por mim, teria me vacinado na semana passada, dia 27, data marcada na carteirinha. Mas a liberação do agendamento no site da Prefeitura só saiu dia 31. Consegui marcar para a terça, coincidentemente o dia em que o Município chega à marca de 300 mil pessoas vacinadas contra a Covid-19. Esse número equivale a primeiras doses e doses únicas, que estão sendo aplicadas desde 19 de janeiro, quando a campanha iniciou na cidade. A marca foi comemorada por toda equipe do Centro de Imunização da Zona Norte, uma das seis salas exclusivas para vacinação Covid-19 no município. O empresário André Resende Leite, de 38 anos, teve a honra de ser o 300.000° londrinense a receber a vacina.

Uma marca importante, porque representa que mais da metade da população estimada em 575 mil pessoas já se vacinou. Embora esteja em desvantagem em relação a outros municípios do Paraná, que estão vacinando faixas etárias menores, Londrina vem mantendo a vacinação constante, sem faltar imunizante. Isso é significativo porque muitas cidades brasileiras enfrentaram falta de estoques e tiveram que suspender a vacinação.
Mas agora eu faço parte da população privilegiada que já está completamente imunizada. Isso significa que vou relaxar e voltar a ter vida normal? Não. Enquanto não atingirmos 75% da população totalmente vacinada, continuarei mantendo o isolamento social, usando máscara e álcool em gel à rodo.
Esperarei mais tranquila, é claro, porém a precaução continuará enquanto for necessário. Porque, veja bem, a vacina por si só não impede totalmente que você pegue e transmita o coronavírus para quem não se vacinou. Ela reduz a gravidade da doença nos vacinados, mas sempre há risco, dependendo da saúde geral da pessoa. Eu, como diabética e hipertensa, tenho que me cuidar, ainda sim, e cuidar dos meus.
Amanhã, é meu filho de 35 anos quem toma a primeira dose. E isso já uma alívio para o coração de mãe. Espero que logo chegue a vez de outros filhos. Porque toda mãe merece essa notícia.
Foto: Telma Elorza