Lendas urbanas de Londrina: cinco histórias que as gerações mais novas não conhecem

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A cidade guarda alguns mistérios que estão na memória da geração mais velha. Aqui listamos algumas para que não caiam no esquecimento

Telma Elorza

O LONDRINENSE

Londrina é uma cidade de porte médio, com quase 600 mil habitantes e polo central de quase todo Norte do Paraná. Mesmo assim, um dos pontos que os moradores mais gostam de lembrar para os visitantes é o clima de cidade pequena, onde os vizinhos se ajudam, onde ainda é possível fazer quase tudo a pé, num raio de 2 quilômetros. Mas, como toda cidade pequena, Londrina também tem suas lendas.

O lobisomem do Jardim Tóquio

Na década de 1980 surgiu um boato e, logo a seguir, uma lenda urbana que o Jardim Tóquio, na Zona Oeste de Londrina, era visitado por um lobisomem. A causa inicial do boato que virou lenda foram as mortes de vários animais domésticos – principalmente cães – em noites de lua cheia. Alguns dos antigos moradores juram de pés juntos que viram o tal do bichão uma vez, na divisa com o Jardim Hedy. Depois que a história se espalhou, no entanto, o tal lobisomem resolveu ir para outras paragens e nunca mais voltou ao bairro.

A maldição do Edifício Júlio Fuganti

Diz a lenda que o Edifício Julio Fuganti, no Centro de Londrina, foi alvo de uma maldição e se tornou assombrado. O fato é que muita gente usou os andares mais altos do prédio para saltar para morte. Eu mesma presenciei, na década de 1980, um suicídio ocorrido ali, em plena luz do dia. Diz a lenda que a responsabilidade pelas mortes era da encruzilhada formada por sete ruas, ali na esquina (duas vias da Avenida Celso Garcia, uma da Rua Santa Catarina, uma da Rua Minas Gerais, duas da Alameda Manoel Ribas e uma da Rua Senador Souza Naves), gerando um ponto de força perturbador que trouxe uma carga negativa para o prédio. Segundo a lenda, o problema foi resolvido quando construíram a rotatória na confluência das sete ruas. Mas uma maior segurança no edifício também ajudou, com gradeamento nas janelas. No entanto, a lenda completa que as almas dos que morreram continuam por ali, no prédio, e que podem ser ouvidas (e às vezes, vistas) à noite.

A Bela Adormecida do Paraná

Lecy Suzana Garcia, que morreu aos 22 anos depois de passar quase cinco anos em coma, é chamada de A Bela Adormecida do Paraná. O apelido consta até em uma placa, em seu túmulo, no Cemitério São Pedro. Segundo a lenda, Lecy estava apaixonada por um rapaz que não tinha aprovação da família. Dizem que, depois de uma briga com a mãe por causa do seu amor, ela deitou, dormiu e nunca mais acordou. A lenda completa que a Bela Adormecida realiza “milagres”, principalmente os de cunho amoroso.

O corpo desconhecido

Ainda no C0emitério São Pedro, há um túmulo simples, sem nenhum tipo de registro, onde estaria enterrado a primeira pessoa a morrer na nova cidade que nascia, lá nos primórdios de Londrina. Segundo a lenda, o corpo de um homem desconhecido foi encontrado no local que viria a ser o cemitério mais famoso do Município e que ele não pertenceria a nenhum dos grupos que chegou com a Companhia de Terras Norte do Paraná, para a colonização da região. Reza a lenda que decidiram enterrar o homem no mesmo local que foi encontrado e que isso definiu a construção do cemitério naquela área. A identidade do homem nunca foi confirmada e ninguém sabia o que estava fazendo naquele local nem como morreu. O desconhecido é tido como “milagreiro” e sempre é lembrado no Dia de Finados. No local tem uma placa que diz: “Justa homenagem – Morto, estendido no chão, com seus braços abertos, em forma de cruz, jaz nesse humilde túmulo o número 1 deste cemitério”. No entanto, não se sabe quem colocou a placa e se foi na mesma época do enterro.

A assombração da Caapsml

 A Caapsml – Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensões dos Servidores Municipais de Londrina – é uma autarquia da Prefeitura de Londrina, criada exclusivamente para prestar serviços de assistência à saúde e previdência social para o servidor municipal de Londrina e sua família. Mas também enfrenta a lenda urbana sobre uma assombração que faz a ronda no prédio. Reza a lenda que, quando estavam construindo a sede, localizada em prédio atrás do Paço Municipal, um operário teria morrido no meio da obra.  Desde então o prédio, segundo a lenda, é assombrado pelo fantasma do operário e os servidores brigam para não trabalhar à noite. Barulhos, coisas caindo e portas se abrindo seriam comuns no prédio vazio, de acordo com a lenda. Eu não garanto que é verdade, mas não passaria a noite lá.

Foto: Pexels

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Respostas de 2

    1. Sério e que mais ocorre por lá? E por qual razão há este brindar de taças? Desculpa perguntar porq eu tenho canal e gosto de gravar lugares assim e com histórias assustadoras

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