Os principais vestibulares do país e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cujas inscrições se encerraram na semana passada, só terão realizadas as provas no fim do ano. Mas, o Dia do Vestibulando é lembrado nesta sexta (24). E, embora aparentemente distante do “objetivo final” dos estudos, há, sim, o que ser lembrado nesta época. E a principal lembrança é a de que os estudos não podem ser deixados de lado.
Ao contrário, quanto mais cedo o aluno resolver focar nos estudos, mais conteúdo conseguirá estudar. E isso é de fundamental importância, principalmente na hora de fazer a diferença em relação aos concorrentes. Além disso, evita acumular matéria e pode se estudar tudo com tranquilidade. Dessa forma, o estudante pode dividir o tempo de estudos com o de lazer, desenvolvendo atividades que o ajudem a relaxar. Uma cabeça descansada rende muito mais enquanto trabalha.
Mas, é preciso refletir sobre a realidade estudantil de hoje: a educação 4.0. Essencialmente, significa preparar os jovens para o mundo com o qual vão se deparar depois da universidade. Quem tem até 18 anos – e esse é o público majoritário dos vestibulares – já nasceu no século XXI e, portanto, na era digital. E, ao terminar um curso de graduação, vai encontrar um mercado de trabalho totalmente informatizado e cada vez mais eletrônico.
Será que a educação tradicional está desenvolvimento habilidades necessárias para enfrentarmos o mundo contemporâneo? Não basta apenas oferecer conteúdo on-line, como a maioria das plataformas de ensino faz. É, antes de tudo, fundamental inserir e preparar os jovens para viverem no ambiente no qual eles mais têm afinidade, que é o da computação e o da inteligência digital. Se nossas escolas ainda não estão antenadas para isso, é preciso voltar o olhar para essas questões.
Obviamente não podemos nos esquecer de valores tradicionais, desde a relação entre professores e alunos até a transmissão de conhecimento. A grande sacada é mudar a forma de transmitir tudo isso, tornando-a eficaz não apenas para o mercado de trabalho, mas para o interesse dessa juventude. Se não temos como concorrer com a tecnologia, vamos utiliza-la para despertar nossos jovens à educação 4.0.
Foto: Pixabay
Tiago Mariano
Formado em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), pós-graduado em Ensino e História. Atualmente ministra aulas no Colégio Estadual Olavo Bilac, em Cambé, no Colégio Maxi, em Londrina, e é coordenador pedagógico da startup londrinense EducaMaker. Em 2018, foi premiado pela Google for Education (2018) com o primeiro lugar nacional no Programa Boas Práticas pela criação de um método de formação de alunos de alta performance.