Nem mais, nem menos. A proporção ideal é o equilíbrio que se encontra entre o aprendizado off-line com elementos virtuais. Nós vivemos num tempo em que não é possível ignorar os avanços tecnológicos, mas, também, não se pode deixar perder algumas características das gerações passadas. Por isso, o futuro tem nome: blended learning, ou ensino híbrido, um modelo que mistura pedagogias tradicionais (presenciais) com atividades online. Quem ganha? Quem aprende!
O ensino híbrido, uma das maiores tendências do século 21, não é apenas uma ferramenta de integração, mas, sobretudo, uma realidade. Portanto, atualizar as pedagogias das nossas instituições de ensino significa nada menos que acompanhar o cotidiano das gerações mais novas. Ou seja, é adaptar o ensino para quem realmente vai aprender. Até porque algumas práticas pedagógicas que seguem sendo utilizadas em salas de aula já se tornaram ultrapassadas há décadas.
É como trocar o mimeógrafo pela impressora ou o retroprojetor pelo datashow. Só que numa velocidade mais acelerada e com mudanças cada vez mais constantes. Por isso a necessidade de nos atentarmos para essa grande transformação pela qual passa a sociedade. Como é algo irreversível, precisamos garantir que tenha fundamento e seja bem amparada. Não se pode – nem se tem tempo – de ficar corrigindo os erros mais adiante.
Os tutores serão figuras cada vez mais presentes no dia a dia de uma escola, tal como já funciona no ensino à distância das universidades. Da mesma forma, as atividades que deverão ser feitas pela internet, na sala de aula virtual. O protagonismo do estudante, nesse caso, o leva a escolher onde, como e quando estudar, enquanto incute nele o senso de responsabilidade e de organização. O aluno pode assistir às aulas ou responder aos questionários em casa, na biblioteca ou até mesmo dentro de um ônibus. De vez em quando, na sala de aula.
Não há fronteiras para a relação ensino-aprendizagem. Há limites, como sempre. E deve haver. Não se pode substituir totalmente as metodologias presenciais que durante séculos deram certo. Entretanto, não se pode fechar os olhos para a nova realidade. Ou é assim ou não será mais nada, porque nossos jovens e adolescentes não se conformam mais com qualquer coisa. São exigentes e estão no direito de exigir algo que lhes atenda às necessidades de forma completa.
Foto: Visual Hunt
Tiago Mariano
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Formado em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), pós-graduado em Ensino e História. Atualmente ministra aulas no Colégio Estadual Olavo Bilac, em Cambé, no Colégio Maxi, em Londrina, e é coordenador pedagógico da startup londrinense EducaMaker. Em 2018, foi premiado pela Google for Education (2018) com o primeiro lugar nacional no Programa Boas Práticas pela criação de um método de formação de alunos de alta performance.