Provas e avaliações virtuais são eficazes?

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A gente tem um baita preconceito com a educação virtual. Entretanto, ela já é realidade e será cada vez maior em um futuro próximo. Alguns cursos ou disciplinas, por exemplo, podem ser ministrados e avaliados de forma totalmente digital. Outros, entretanto, ainda precisam de experiências práticas e presenciais. Embora já exista tecnologia, por exemplo, para que alunos de Medicina tenham contato com os órgãos por aplicativos e programas de computador. Mas, essa é outra história.

O que quero discutir na coluna de hoje é a eficácia e a utilização das avalições e provas virtuais no universo educacional. Talvez seja impossível substituir por completo – e nem é recomendável, pois a variedade de metodologias de avaliação é importante e fundamental para a melhor captação dos resultados. Todavia, a tecnologia pode ter papel mais preponderante na avaliação dos estudantes, na otimização do tempo do educador e dos processos avaliativos, além de potencializar os diagnósticos, melhorar desempenhos e motivar alunos.

Existem mecanismos que permitem que as provas virtuais tenham correções feitas por robôs preparados para, além de corrigir, fornecer dados sobre o desempenho dos estudantes. Mais que isso, podem analisar e comparar estatísticas que fornecem aos gestores e professores respostas capazes de orientar o cronograma pedagógico. Isso reforça conteúdos, ataca deficiências. E que professor nunca sonhou em não precisar corrigir tantas provas, não?

Temos de enxergar a tecnologia como uma aliada no processo educacional como um todo, desde as pesquisas e compartilhamento de conteúdos até aos diferentes tipos de avaliação. O que é saudável, no entanto, é que nossos estudantes, do ensino fundamental à universidade, sejam avaliados com diferentes formas e metodologias. Até porque vivemos em num mundo cada vez mais diversos e plural, com pessoas com diversas habilidades e talentos. Talvez assim atinjamos uma eficácia mais próxima do ideal na aplicação de provas e avaliações. Porque hoje infelizmente, muitas delas não servem para muita coisa além de gastar papel.

Foto: Pixabay

Tiago Mariano 

Formado em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), pós-graduado em Ensino e História. Atualmente ministra aulas no Colégio Estadual Olavo Bilac, em Cambé, no Colégio Maxi, em Londrina, e é coordenador pedagógico da startup londrinense EducaMaker. Em 2018, foi premiado pela Google for Education (2018) com o primeiro lugar nacional no Programa Boas Práticas pela criação de um método de formação de alunos de alta performance.

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