Por Edra Moraes
Economia Criativa: inovação e sustentabilidade
Quando falamos em Economia Criativa, estamos falando em novos modelos de negócios e, claro, inovação. Em uma sociedade em transformação, encontrar o equilíbrio entre o que foi feito e deu certo até aqui e o que não faz mais sentido é um desafio. A partir de conceitos abstratos, construímos uma nova sociedade e uma nova forma de fazer negócios. A Economia Criativa é um desses modelos que abre caminho para a sustentabilidade e o impacto social.
Economia Criativa e os 17 ODS
Como podemos falar de Economia Criativa e os 17 ODS? Esses conceitos têm mais relação do que você imagina! Vamos primeiro analisar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Apesar de serem globais, as ações para esta mudança acontecem no seu universo local. É através da construção de cidades sustentáveis que chegaremos lá.
Os 17 ODS representam um plano de ação global para alcançar um futuro sustentável e inclusivo. Eles abordam uma ampla gama de questões, desde a erradicação da pobreza até a proteção ambiental, passando pela promoção da igualdade e do desenvolvimento econômico. A incorporação dos ODS na construção de novos modelos de negócio pode não apenas contribuir para um mundo melhor, mas também proporcionar vantagens competitivas significativas. Vamos explorar como e por que isso ocorre.
Por que incorporar os ODS nos modelos de negócio?
Responsabilidade Social e Ambiental: Empresas que alinham suas operações com os ODS demonstram compromisso com práticas responsáveis e sustentáveis. Isso fortalece sua reputação e atrai consumidores cada vez mais conscientes e preocupados com a sustentabilidade.
Inovação e oportunidades de mercado: Os ODS incentivam as empresas a explorar novos produtos, serviços e processos que atendam a necessidades sociais e ambientais. Isso pode levar à inovação e abrir novos mercados, especialmente em áreas onde as soluções sustentáveis são carentes.
Mitigação de riscos: Alinhar-se aos ODS ajuda as empresas a identificar e mitigar riscos relacionados a mudanças climáticas, escassez de recursos e outras questões globais que podem impactar negativamente os negócios a longo prazo.
Acesso a financiamentos: Investidores estão cada vez mais procurando empresas que incorporam práticas ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) e que contribuem para os ODS. Assim, empresas sustentáveis têm maior facilidade em acessar capital e financiamentos.
Engajamento e retenção de talentos: Funcionários, especialmente as novas gerações, preferem trabalhar em empresas que têm um propósito claro e que contribuem positivamente para a sociedade. Isso melhora a atração, o engajamento e a retenção de talentos.
Como incorporar os ODS nos modelos de negócio?
Mapeamento e Alinhamento: O primeiro passo é entender os 17 ODS e identificar quais são mais relevantes para o negócio. Isso envolve mapear as operações, produtos e serviços da empresa em relação aos objetivos específicos e determinar onde há maior potencial de impacto positivo.
Definição de Metas e Indicadores: Estabeleça metas claras e mensuráveis alinhadas aos ODS. Isso pode incluir a redução de emissões de carbono (ODS 13), a promoção da igualdade de gênero (ODS 5) ou a inovação em infraestrutura sustentável (ODS 9). Defina indicadores para monitorar o progresso e garantir a transparência.
Integração na estratégia empresarial: Incorpore os ODS na visão, missão e valores da empresa. Assegure que a estratégia de negócios, os processos de tomada de decisão e as operações diárias estejam alinhados com esses objetivos.
Engajamento das partes interessadas: Envolva colaboradores, clientes, fornecedores, investidores e outras partes interessadas na jornada de sustentabilidade. Promova um diálogo aberto e colaborativo para identificar oportunidades e desafios comuns.
Relatórios e comunicação: Adote práticas de relatórios de sustentabilidade para comunicar os esforços e resultados relacionados aos ODS. Utilize frameworks reconhecidos, como o GRI (Global Reporting Initiative), para garantir a credibilidade e a comparabilidade das informações.
Inovação e parcerias: Busque inovação contínua e esteja aberto a parcerias com outras empresas, ONGs, governos e instituições acadêmicas. As parcerias podem ampliar o impacto e acelerar o progresso em direção aos ODS.
Incorporar os 17 ODS na construção de novos modelos de negócio não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas uma estratégia inteligente para garantir a resiliência e a relevância das empresas no futuro. Ao alinhar suas operações com esses objetivos globais, as empresas não só contribuem para um mundo melhor, mas também colhem benefícios tangíveis em termos de inovação, competitividade e sustentabilidade a longo prazo.
A construção de uma sociedade é coletiva. Cidades com empresas alinhadas aos ODS tornam-se cidades sustentáveis, mas para que isso ocorra, todo gestor público deve ter em mente que o pensamento é global, mas a ação é local. E que a sua gestão pode impulsionar ou coibir diretamente, através de leis e incentivos. E, claro, cuidado com o teto de vidro: de nada adianta incentivar empresas a se alinharem aos objetivos se as ações da prefeitura não são alinhadas.
Vamos pensar em ações para salvar o planeta? Para conseguirmos aplicar novas soluções e abordagens, precisamos repensar como fazemos as coisas e como podemos reivindicar mais oportunidades dentro dos nossos objetivos de ações, além do lucro.
O convite está feito: juntos, podemos mudar o mundo começando pela nossa cidade
Como? Jornalistas, perguntem aos futuros candidatos o que eles sabem e como aplicam os ODS no seu plano de governo. Muitos até o fazem de forma instintiva na busca de governança com propósito. Eleitores, façam o mesmo: busquem candidatos alinhados com o futuro, porque o presente é construído a partir de uma visão do futuro que queremos.
E por falar em política, quem me acompanha nas redes sociais já sabe: sou pré-candidata oficial para concorrer a uma vaga de vereadora na cidade de Londrina. Meu trabalho aqui poderia continuar, mas juntos eu e o Jornal O Londrinense, por questões éticas, decidimos parar até o fim das eleições. Afinal, meus concorrentes não têm espaço neste que certamente é o jornal do londrinense.
E para me despedir, preparei um e-book gratuito que você pode baixar aqui. São artigos que considero que ajudarão você a compreender ainda mais a relação entre economia criativa e desenvolvimento da sua cidade. Obrigada.
Foto: Canva
Edra Moraes
Profissional de marketing, produtora cultural e escritora. Agitadora cultural e idealizadora do Movimento Londrina Criativa. Prêmios: Obras Literárias Digitais 2020, “Antologia Poética | Seleção da Autora, Memorial Vivência, Literatura, Livro e Leitura Unespar, Cultura nas Redes 2020 e FCC Digital 2020. Me siga nas redes sociais: Facebook, Instagram @edra_moraes, YouTube @edra-moraes27. Contatos: e-mail edra.moraes27@gmail.com e fone/whatsapp: (41) 997722447.
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