Desistir é uma opção?

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Num rápido retrospecto de vida, certamente você vai encontrar momentos difíceis pelos quais precisou passar. E também imagino que não tenham sido poucas as vezes em que pensou em desistir: de alguém, do trabalho, de um projeto, da vida, enfim, de tudo. Entretanto, a filosofia do senso comum nos diz que é preciso continuar firme, seguir em frente e tentar quantas vezes forem necessárias. Não é nada fácil, mas, talvez, seja verdade. Ou ao menos em partes. Você sabe a hora de desistir?

Clarice Lispector, escritora e jornalista ucraniana naturalizada brasileira, uma das mais citadas em frases de internet, diz nunca saber se quer “descansar porque estou realmente cansada, ou se quero descansar para desistir”. De fato, não ter sucesso ante as muitas tentativas cansa e nos faz querer desistir. Mas, para ela própria, “o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo”.

Foi o que fez Thomas Edison (1847-1931), considerado um dos maiores inventores da humanidade. Só ele leva no currículo a autoria de 1033 patentes. E conseguiu, aos 32 anos, chegar à sua invenção mais famosa dentre todas: a lâmpada elétrica. O detalhe? Depois de 1,2 mil tentativas! Você tem noção do que é errar 1,2 mil vezes antes de acertar? Pois bem: ele ficou conhecido pelo seu acerto, não pelos seus erros ou desistência. “Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar mais uma vez”, diz Thomas Edison.

Afinal, entretanto, não há problema algum em desistir de algo, qualquer que seja. Tem coisas que realmente não valem a pena: é dar murro em ponta de faca, como diz o dito popular. Seja um amor não correspondido, ou uma empresa cuja sociedade não é recíproca, e por aí vai. Os exemplos são muitos. É preciso, antes, ouvir a voz interior, ter objetivos claros e saber desapegar de algo que não tenha dado certo ou que esteja fadado ao fracasso.

O resultado? Pouco importa! O mais importante é estar bem consigo mesmo. E perceber que muitos fracassos são, na realidade, grandes vitórias. “Nada em mim foi covarde, nem mesmo as desistências: desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem”, ensina-nos Caio Fernando Abreu, jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro.

Foto: Pixabay

Fábio Luporini

Sou jornalista formado pela  Universidade Norte do Paraná e sociólogo formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) . Fui repórter, editor e chefe de redação no extinto Jornal de Londrina (JL), atuei como produtor na RPC (afiliada da TV Globo), fundei o também extinto Portal Duo e trabalho como assessor de imprensa e professor de Filosofia, Sociologia, História, Redação e Geopolítica, em Londrina.

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