Viúva Negra: Os fãs podem comemorar, a heroína ganhou seu filme solo

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É incontestável a afirmação que o universo cinematográfico da Marvel é consistente em sua narrativa. Nos últimos dez anos, coesão e criatividade conquistaram o público tanto nerd como casual. Apenas uma coisa incomodava os fãs dentro desta precisão toda, a ausência de uma narrativa para Natasha Romanoff, a Viúva Negra.

Interpretada por Scarlett Johansson (Sob a Pele – 2013 – filme incrível), a personagem chegou aos cinemas no segundo filme do Homem de Ferro, em 2010, e depois nos filmes dos Vingadores e do Capitão América, tendo uma relevância maior apenas nos últimos filmes dos super-heróis.

Agora os fãs podem comemorar. Após anos de espera, Viúva Negra ganha seu filme solo. Dirigido por Cate Shortland (Berlin Syndrome – 2017), a narrativa tem seu início ambientado na década de noventa, na infância de Natasha com sua família, afastando-a dos outros super-heróis e dando espaço para o espectador mergulhar em todas as facetas da personalidade da heroína, mostrando como ela se transformou na Viúva Negra.

A direção de Shortland sabiamente faz um corte abrupto e situa a heroína após os eventos de Capitão América: Guerra Civil, isolada em busca de paz.

O filme se apresenta como resultante da evolução da “fórmula Marvel” dos últimos anos, estabelecendo um ritmo acelerado, mas sem estar apressado, com suas devidas pausas nos momentos certos. E Scarlet Johansson segura a primeira parte do filme sozinha e confiante, mostrando toda sua capacidade de interpretação e mergulhando em sua personagem, apesar de se tratar de uma super-heroína.

Outro ponto positivo para Johansson é sua dinâmica com Florence Pugh (Adoráveis Mulheres – 2019) que interpreta a irmã falsa Yelena Belova. A dinâmica das duas atrizes se destaca como um dos pontos altos do filme, acrescentando tons de humor e sarcasmo. O roteiro consegue mesclar doses de ação, drama, comédia, dando oportunidade para as excelentes atrizes mostrarem empatia, frustração, mágoa, carinho, nos emocionando em momentos inesperados.

No Brasil, disponível no streaming Disney +. Para o Universo Marvel, mais um ponto positivo. Filme que agradará fãs e não fãs.

Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas.

Foto: Divulgação

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