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Hereditário: Um bom terror psicológico

Por Marcelo Minka

Início do ano começando e não estarei na cidade para assistir e resenhar um filme. Portanto, vou escrever sobre Hereditário, um ótimo filme de terror disponibilizado há pouco no menu do Netflix.

Hereditário é um filme de terror psicológico lançado em 2018, dirigido por Ari Aster (diretor do também aterrorizante Midsommar – 2019) e estrelado por Toni Collette (A Escada – 2022), Gabriel Byrne (Vikings – 2013 a 2020) e Alex Wolff (Pig – 2021). A trama segue a família Graham, que enfrenta o luto após a morte da avó artista Ellen. No início, o roteiro se desenrola de forma lenta, apresentando os personagens e estabelecendo a dinâmica familiar tensa e problemática. No entanto, ao longo do filme, os personagens começam a descobrir que há forças sobrenaturais atuando contra eles e que a morte de Ellen pode ter sido parte de algo maior e mais sinistro.

Sem sombra de dúvidas, uma das coisas mais fortes de Hereditário é a atuação de Toni Collette como Annie Graham, a também artista mãe da família. A atriz é capaz de transmitir uma ampla gama de emoções, desde o luto pelo falecimento da avó até a crescente paranoia e desespero à medida que a história avança, com suas frustrações quando compara seu trabalho artístico ao da mãe. Gabriel Byrne também é bastante convincente como o pai de família Steve, que tenta manter a família unida enquanto enfrentam as forças sobrenaturais que os ameaçam.

O filme também é repleto de simbolismos e metáforas sutis que ajudam a construir o clima de tensão e terror. Por exemplo, a avó de Annie era uma artista de miniaturas e muitas das cenas do filme são filmadas de uma perspectiva de miniatura, criando uma sensação de distanciamento e desconforto. Além disso, muitos dos elementos visuais do filme, como a árvore genealógica da família Graham e as bonecas de porcelana, também têm um significado simbólico que se torna mais evidente à medida que o filme avança.

Embora Hereditário tenha muitos pontos fortes, na época de seu lançamento alguns elementos foram questionados. Críticos argumentaram que o filme se perde em alguns momentos em tentar ser “artístico” em vez de se concentrar em contar uma história consistente e coesa (é claro, cinema não tem nada a ver com Arte!). Além disso, alguns críticos desatentos argumentaram que o desfecho final do filme ficou um pouco aberto de forma conveniente.

Com roteiro bem escrito e reviravoltas de cair o queixo, Hereditário é um filme assustador, com um ótimo elenco que vale a pena ver. Aliás, uma das melhores películas de terror psicológico dos últimos anos. A maioria dos elementos da trama são bastante fortes e bem executados, só fique atento para não se perder e achar o final confuso como uns e outros.

Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas.

Foto: Divulgação

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