Por Marcelo Minka
Na primeira linha deste texto segue uma confissão: não vi nenhum dos filmes que estarei comentando abaixo, viajo hoje e o texto tem que estar pronto sábado, impossível assistir aos lançamentos e escrever para a coluna em um dia. Portanto, o texto abaixo é uma compilação de várias críticas que li.
Amsterdã
Este filme é uma comédia/drama (não entendi muito bem a afirmação, mas deve ser aquilo que fazemos todo dia, rir pra não chorar), e a crítica não gostou da produção, o filme não parece ter dado certo em nada. Encarnando a trama temos um elenco de primeira: Christian Bale, Margot Robbie, John David Washignton, Robert DeNiro, Rami Malek, Anya Taylor-Joy, entre outros, mas nem todas essas estrelas seguram o filme.
Dirigido por David O. Russell (Trapaça – 2013), o filme também conta com uma equipe de produção premiadíssima e, apesar dos 55 milhões de dólares gastos, a película apresenta superficialidades, tanto na direção dos atores quanto na estética fotográfica. Para quem acompanha a trajetória de Russell nos filmes deve ecoar uma pergunta, seria este o pior filme dele? Não, nada se compara a Joy – O Nome do Sucesso (2015). Não perca seu tempo.
Os Suburbanos
Existem vários “tipos” de filmes brasileiros, mas quando se trata de comédia de produção nacional, este universo se divide em dois: a comédia “cinema nacional” e a comédia “cinema Rede Globo”. Não que esta última seja ruim, mas é dirigida a determinado público, com piadas rasas e um certo tipo de pastelão, dinheiro fácil, rápido e garantido para os produtores. Nesta trama conhecemos a história de Jeferson, interpretado pelo ator/humorista Rodrigo Sant’anna, carioca e vocalista de uma banda de pagode lá em 2010. Jefinho trabalha como piscineiro em uma mansão e, é claro, seu patrão é dono de uma gravadora. Pra complicar ainda mais a vida do músico, a patroa começa a se sentir atraída por ele. Para quem gosta do gênero.
Morte, Morte, Morte
Originalmente denominado Bodies Bodies Bodies, o filme estreou no Brasil com este esquisito título. Provavelmente o melhor lançamento deste fim de semana, já que é assinado pela produtora A24. Este é um filme slasher (subgênero do gênero terror), com grande humor ácido. A trama cria uma atmosfera de exacerbada e proposital seriedade, para se desenrolar de modo sarcástico e assustador, prendendo a atenção do espectador enquanto o mistério corre solto, tudo isso apimentado com personagens muito bem construídos, dilemas e brigas absurdas. O final é surpreendente, alguns vão gostar, outros nem tanto. Vale o preço exorbitante dos estacionamentos.
Marcelo Minka
Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas.
Foto: Morte, Morte, Morte/Divulgação