Por Marcelo Minka
Estreou nesta semana o aguardado filme Coringa: Delírio a Dois. A trama mergulha ainda mais na complexa psicologia de Arthur Fleck, o homem por trás da máscara do icônico vilão da DC Comics.
Dando sequência aos eventos do primeiro filme, a continuação nos transporta para um universo sombrio e perturbador, onde a linha tênue entre a sanidade e a loucura é constantemente desafiada.
Após os trágicos acontecimentos que o transformaram no Coringa, interpretado por Joaquin Phoenix (Ela – 2013), o vilão é internado em um hospital psiquiátrico. É neste ambiente claustrofóbico que ele conhece a Dra. Harleen Quinzel, interpretada por Lady Gaga (Nasce uma Estrela – 2018), uma psiquiatra fascinada por sua história e determinada a desvendar os mistérios que o cercam. Juntos, embarcam em uma jornada psicológica profunda, explorando as raízes de sua loucura e os traumas que o moldaram.

A relação entre Arthur e Harleen, o ponto alto do filme, se torna cada vez mais intensa e complexa, desafiando os limites da ética profissional. A psiquiatra, inicialmente atraída pela mente perturbada de seu paciente, acaba se tornando cúmplice de seus crimes e, eventualmente, se transforma na vilã Arlequina, uma das mais icônicas parceiras do Coringa nos quadrinhos.
Coringa: Delírio a Dois explora temas como a fragilidade da mente humana, a violência urbana, a alienação social e a busca por significado em um mundo caótico. O filme não poupa os espectadores, apresentando cenas chocantes e perturbadoras que exploram os limites da representação cinematográfica. A direção impecável de Todd Phillips (Se Beber, Não Case – 2009) e a atuação magistral de Joaquin Phoenix elevam a produção a um patamar artístico.
Coringa musical? Feijoada com pipoca
Agora, por que cargas d’água um filme deste foi produzido no gênero musical? A justificativa para essa escolha, segundo Todd Phillips, é a intenção de explorar a mente perturbada de Arthur Fleck de uma forma ainda mais profunda e surreal. O diretor ainda justifica que: “Através dos números musicais, o filme faz uma crítica à sociedade contemporânea, que valoriza a superficialidade e a imagem, em detrimento da profundidade e da autenticidade”.
Coringa, Delírio a Dois é um filme para quem gosta do gênero musical ou do gênero vilão/super-herói. Creio que ficou uma mistura um pouco estranha, do tipo feijoada com pipoca. Assista e deixe sua opinião nos comentários. Bom fim de semana.
Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas. Me siga no Instagram: @marcelo_minka e @m_minka_jewelry
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