Por Marcelo Minka
Vamos ao grande lançamento da semana nas telonas, Babygirl. Mas, antes de mais nada, felicíssimo com o Globo de Ouro para Fernanda Torres. E para aqueles que não gostaram por algum motivo, procurem uma data para capinar e aprendam a escrever corretamente em suas críticas – o correto é Lei Rouanet e não Lei Ruane.
Babygirl é protagonizado por Nicole Kidman (perdeu o Globo de Ouro para Fernanda Torres), pelo gostosinho Harris Dickinson e dirigido por Halina Reijn (Morte Morte Morte – 2022). A produção ficou por conta da A24, o que, por si só, já é indício de um bom filme.
O filme é um thriller psicológico que prende nossa atenção com sua trama envolvente e excelentes interpretações. Classificado como um terror erótico (não entendi até agora essa classificação), ele mergulha nas complexidades de uma relação proibida entre uma poderosa CEO e seu jovem estagiário.
Nicole Kidman interpreta Romy, uma mulher que construiu um império e uma família aparentemente perfeita. Sua vida, no entanto, é abalada quando ela se envolve em um caso apaixonado com Samuel, interpretado por Harris Dickinson, um estagiário ambicioso e carismático. Antonio Banderas completa o triângulo amoroso no papel de Jacob, o marido de Romy.
A dinâmica de poder entre os personagens é um dos pontos centrais da trama. Romy, acostumada a ter o controle de todas as situações, se vê desafiada pela paixão avassaladora que sente por Samuel. A diferença de idade e a posição hierárquica dos dois criam uma tensão sexual palpável e um jogo de sedução perigoso.
Babygirl explora várias temáticas
Babygirl não se limita a ser apenas um filme de suspense erótico. A obra explora temas como a obsessão, a traição, a ambição e as consequências de nossas escolhas. A direção de Reijn confere ao filme uma atmosfera opressiva e claustrofóbica, intensificando a sensação de suspense e perigo.
Imperdível para quem é fã de Nicole e gosta de um bom thriller psicológico.
Nosferatu
Vou aproveitar o espaço e comentar outro filme para quem gosta do gênero terror – Nosferatu. A produção não é apenas um remake, é uma reinterpretação ousada e visceral de um dos filmes de terror mais influentes de todos os tempos. Sob a direção de Robert Eggers (O Homem do Norte – 2022), o clássico de F.W. Murnau (1922) ganha uma nova roupagem, preservando sua essência gótica enquanto a atualiza para o público contemporâneo. Se você procura uma experiência visceral e perturbadora, este é o filme.
Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas. Me siga no Instagram: @marcelo_minka e @m_minka_jewelry
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