A ressaca da semana pós-Oscar

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Por Marcelo Minka

Semana do Oscar terminando e não tem como não escrever sobre. Felizmente não tivemos apresentadores sendo esbofeteados ao vivo no palco e, felizmente também, o extravagante e criativo multiverso de ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’ abocanhou, merecidamente, a maioria das principais categorias na entrega: melhor filme, direção roteiro original, atriz, atriz coadjuvante, montagem, ator coadjuvante. Venho torcendo por um Oscar para Michelle Yeoh desde os tempos de ‘O Tigre e o Dragão’. Tem-se que levar em conta também que o filme é produção do estúdio independente A24, que vem produzindo filmes cada vez mais criativos e interessantes. Um independente subir no palco do Oscar não é pouca coisa. Ficou um gostinho amargo por ‘Babilônia’ não ter ganhado nenhum prêmio, mas a vitória de Brendan Fraser como melhor ator foi merecidamente doce. E a introdução do texto já ficou bem longa, vamos aos lançamentos da semana.

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo está em cartaz, pra quem não assistiu, assista; divertido, profundo e criativo, com interpretações dignas de Oscar.


Shazam 2: Fúria dos Deuses – O super-herói da DC volta às telas após seu primeiro filme em 2019. O papel do herói continua nas mãos do ótimo Zachary Levi, que sustenta cenas de humor, ação e bons diálogos. No elenco temos também Helen Mirren (Red – 2010), Lucy Liu (As Panteras – 2000), Rachel Zegler (Amor, Sublime Amor – 2021) entre outros. A trama é recheada com piadinhas do tipo quinta série que são até divertidas. Mas sempre que assistimos um filme de super-heróis automaticamente comparamos com Avengers, e aí fica complicado. Shazam 2 é um bom filme de heróis para a família, para adolescentes e para famílias adolescentes.


65 Ameaça Pré-Histórica – Este filme foi uma grande decepção, sempre espero um ótimo filme quando este tem Adam Driver no elenco, mas aqui não é o caso. Vamos a uma sinopse rápida: uma astronave com colonos espaciais de um planeta distante atravessa uma chuva de meteoros e cai na nossa Terra ainda pré-histórica. Os únicos sobreviventes são o piloto e uma menininha que precisam passar por áreas hostis e escapar com vida, e é só isso, sem qualquer trama psicológica. Dirigido por Scott Beck (A Casa do Terro – 2019) e Bryan Woods (Um Lugar Silenciosos – 2018), o filme, assim como seus cenários, são estéreis de tensão, lógica e coerência. O filme tem seríssimos problemas de montagem e Driver, talvez pela direção, deixa de lado todo seu poder de interpretação, não conseguindo nem uma interação mais espontânea com a garotinha. A única qualidade da trama, ainda bem, é que ela é curtinha, 93 minutos.

Se você já assistiu Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo e não gosta de filmes de super heróis, fique em casa.

Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas.

Foto: Divulgação

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