No dia da quarta morte, lojas são fechadas pela prefeitura. Até que enfim

fechamento

Filas de pessoas às portas das lojas chamaram a atenção de quem passava pelos locais.

Telma Elorza

O LONDRINENSE

A quarta morte por coronavírus em Londrina aconteceu neste sábado (11). Este também foi o dia que a Prefeitura de Londrina bateu o pau na mesa e mandou fechar lojas de duas redes de departamentos na cidade. Havan e Americanas estavam à tempos desafiando o decreto que restringiu as atividades nas cidade. Até que enfim.

A morte foi de uma mulher de 95 anos, que sofria comorbidades como hipertensão, insuficiência cardíaca e doença renal crônica. A fragilidade dela não resistiu a “uma gripezinha”. Ela estava internada em um hospital particular desde o dia 4.

No boletim atualizado da Secretaria Municipal de Saúde, informado neste sábado, Londrina tem 68 casos confirmados da Covid-19, sendo três a mais que sexta-feira (10). Dez pacientes estão em isolamento domiciliar, nove internados, 45 já se recuperaram e quatro morreram. Outros 52 casos são aguardam resultados de exames e 496 foram descartados. Hoje, no final da tarde, novos números devem ser anunciados.

Já as lojas fechadas vinham desafiando o decreto municipal por venderem alguns gêneros alimentícios nada essenciais como chocolates e biscoitos. No sábado, a filas de pessoas nas portas das lojas chamaram a atenção. Num insano desejo de comprar ovos de Páscoa, se amontoaram. Colocaram em risco a si, suas famílias e milhares de outras pessoas,num completo caso de falta de noção e descaso com a vida humana. Força municipal – GM, fiscais da Fazenda e outros – foi bem utilizada.

Em sua página no Facebook, o prefeito Marcelo Belinati (PP), disse que determinou o fechamento das redes porque “o decreto vale para todos: pequenos, médios e grandes”.

Supermercados lotados, a gente até entende porque todo mundo tem que comer arroz, feijão e outros alimentos. Mas, desafiar a pandemia para comprar chocolate, tem que ser muito irresponsável.

A população londrinense ainda não se conscientizou que os números da Covid-19 estão baixos por aqui porque o isolamento social e as medidas restritivas decretadas pelo Município, há quase um mês, ajudaram a manter assim. Pensar na abertura do comércio, no próximo dia 20, me dá arrepios. Porque visualizo uma multidão lotando lojas (mesmo que não precise), só pelo prazer de estar fora de casa, imaginando que o perigo já passou. Não, não passou e não vai passar tão cedo.

Não sou partidária do prefeito, nunca fui ou serei. Mas as medidas que ele vem tomando contra a pandemia contam com meu respeito. Acho até que Deus escreveu certo por linhas tortas ao por um médico na prefeitura nesse momento de pandemia mundial. Imagine um empresário lá?

Foto: Divulgação/N.Com

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Uma resposta

  1. Infelizmente a prefeitura foi omissa e demorou a tomar medidas. Isso vai custar muitas vidas.
    A vida é prioridade, basta pensar na possibilidade de perder seus entes queridos. No mundo todo se previne e o Estado dá suporte financeiro, só no Brasil o governo toca o fod#-se para a população e diz q tem q deixar tudo funcionar.
    Se continuar nessa linha o Brasil entrara para a história com o maior contigente de mortos.

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