No Município todo, foram aplicadas apenas 656 doses da vacina durante todo o sábado. Cerca de quatro mil crianças precisam ser vacinadas
Telma Elorza
O LONDRINENSE
A falta de conscientização dos pais sobre a importância da vacinação está deixando em alerta os profissionais de Saúde de Londrina. No sábado, o Dia D de vacinação contra o sarampo, foram aplicadas apenas 656 doses em todo Município. O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado disse que a rede pública tinha condições de atender até 4 mil crianças de até cinco anos, que é o número que falta para serem vacinadas contra a doença. “Não tinha uma estimativa [de quantos iríamos vacinar]. Mas estávamos preparados para vacinar toda a nossa demanda”, afirmou.
Na semana passada foi confirmado o primeiro caso de sarampo em Londrina nos últimos 26 anos. Um jovem de 18 anos contraiu o vírus em uma rave em Maringá. Outros três amigos dele também estão com suspeita de sarampo, mas os exames ainda não ficaram prontos.
Com o vírus circulando novamente na cidade, Machado afirmou que era preciso aumentar a cobertura vacinal que estava em 61% das crianças até um ano. De acordo com ele, apenas 59% das crianças até 15 meses receberam a segunda dose da vacina. O sarampo é preocupante em crianças porque é mais agressivo que em adultos, podendo levar ao óbito. A única forma de prevenção é com vacinação.
De acordo com Felippe Machado, a vacinação vai continuar nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). “Não temos falta de vacinas”, afirmou. Em razão do surto da doença, crianças com idade até cinco anos PRECISAM ser vacinadas. As menores, entre 6 e 11 meses também podem ser vacinadas com a chamada ‘dose zero’ que reforça a imunização nessa faixa etária. Ao todo, 157 casos de sarampo já foram confirmados no Paraná.
Foto: Agência Brasil/Arquivo
