Por Khellvery Mora
Quando falamos em crédito, seja para indivíduos ou empresas, a finalidade parece ser a mesma: obter recursos financeiros para alcançar determinado objetivo. No entanto, existem diferenças fundamentais entre o crédito para pessoas físicas e jurídicas, e entender essas distinções é importante para uma decisão financeira assertiva.
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1. Finalidade do crédito
O crédito para pessoas físicas normalmente é voltado para o consumo pessoal, como a compra de imóveis, veículos, reformas ou até mesmo para cobrir despesas imprevistas. Já no caso de pessoas jurídicas, o crédito é majoritariamente utilizado para impulsionar o crescimento da empresa. Ele pode ser aplicado em investimentos, expansão, capital de giro, aquisição de maquinário ou até fusões e aquisições.
2. Garantias e risco
Outra diferença marcante é a exigência de garantias. No caso de pessoas físicas, as instituições financeiras frequentemente exigem bens pessoais (como imóveis) como garantia, especialmente para valores mais altos. Para empresas, a análise de crédito é mais complexa, e as garantias podem incluir faturamento futuro, recebíveis, maquinários ou até ativos da empresa.
3. Prazo e condições
O prazo para pagamento também varia. O crédito para pessoas físicas geralmente possui prazos mais curtos, com condições padronizadas de pagamento e juros baseados no perfil do consumidor. Por outro lado, o crédito para pessoas jurídicas pode ser customizado conforme as necessidades do negócio, com prazos mais longos e condições negociadas de forma mais flexível.
4. Análise de risco e documentação
Na análise de crédito para pessoas físicas, as instituições avaliam o histórico de crédito pessoal, a renda mensal e a capacidade de pagamento. Para empresas, a análise envolve uma investigação mais profunda, incluindo o balanço financeiro, fluxo de caixa, patrimônio, além de indicadores de performance do negócio. Por conta disso, a documentação para uma empresa obter crédito é mais extensa e complexa.
5. Montante liberado
O crédito para pessoas físicas tende a ter limites menores em comparação com o crédito empresarial. Isso acontece porque empresas, especialmente as de médio e grande porte, têm potencial para gerar maiores receitas e, consequentemente, justificam a concessão de montantes mais elevados.
6. Custo do crédito
As taxas de juros costumam ser mais baixas para empresas do que para pessoas físicas, especialmente quando a empresa tem um bom histórico financeiro. Isso ocorre porque os riscos envolvidos em operações empresariais, quando bem estruturadas, tendem a ser menores devido à capacidade de geração de receita e ao potencial de crescimento do negócio.
Compreender as diferenças entre crédito pessoal e empresarial é fundamental tanto para consumidores quanto para empresários. Ao buscar crédito, é importante avaliar a finalidade, as garantias exigidas e as condições oferecidas, sempre com o apoio de um consultor financeiro especializado para garantir a melhor estratégia para cada cenário.
Khellvery Jonathan Silveira Mora
Formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, atuou por cinco anos como coordenador administrativo no grupo Tomita Itimura. Atua como consultor empresarial com foco em captação de recursos para alavancagem e é diretor administrativo na eevee assessoria e consultoria. Me siga no Instagram @khellvery, @eeveeassessoria ou acesse o site eevee. Fone: (43) 99142-7941.
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