Grupo de Teatro Cemitério de Automóveis (SP) reapresenta “Birdland” hoje para encerrar a Mostra Nacional de Artes Cênicas
O LONDRINENSE com assessoria
Paul é um roqueiro cruel, manipulador, mimado, que está na reta final de uma turnê internacional de 15 meses. Sob a pressão dos holofotes do público e da mídia, está extremamente entediado, à beira de um colapso nervoso, e trata sua própria carreira como uma mercadoria. Quando o fim da estrada é inevitável e a volta à casa está prestes a se tornar realidade, a música começa a abalar Paul.
“Birdland”, peça do dramaturgo britânico Simon Stephens, inspirada na canção homônima da roqueira norte-americana Patti Smith, encerra a programação da Mostra Nacional de Artes Cênicas do FILO 50+1, em espetáculo do Grupo de Teatro Cemitério de Automóveis (São Paulo).
Com direção de Mário Bortolotto, a primeira montagem brasileira da peça será reapresentada nesta terça-feira (5), às 20 horas, na Vila Cultural que leva o mesmo nome do grupo (a Vila Cemitério de Automóveis fica na Av. Arthur Thomas, 342). No elenco, Ana Rita Abdalla, Carcarah, Debora Sttér, Gabriel Oliveira, Mário Bortolotto, Maurício Bittencourt e Rebecca Leão.
“Birdland” teve estreia mundial no Royal Court Theatre Downstairs, Londres, em 2014. Depois foi montada na Alemanha, Austrália e Estados Unidos. Em São Paulo, fez sua estreia nacional no Teatro Cemitério de Automóveis, em setembro de 2018.
Um dos grupos mais ativos do cenário teatral nacional, o Cemitério de Automóveis nasceu em Londrina, em 1982. Tem mais de 50 peças no currículo e arrebatou prêmios importantes como o Troféu APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte (pelo conjunto da obra), e o Prêmio Shell de melhor autor para Mário Bortolotto (por “Nossa Vida não Vale um Chevrolet”). Entre as últimas montagens de destaque do grupo estão “Criança Enterrada” e “Oeste Verdadeiro”, ambas de Sam Shepard, e “Barrela”, em montagem celebrada pelo encontro do teatro de Mário Bortolotto com a dramaturgia de Plínio Marcos.
Oficina de dramaturgia
Na programação das Paralelas da Mostra Nacional de Artes Cênicas – FILO, Mário Bortolotto compartilha as experiência como dramaturgo na oficina “A Importância da Construção da Personagem no Texto Teatral”. Aberta a inscritos, a atividade acontece na terça-feira (5), das 14 às 17h, na Vila Cultural Cemitério de Automóveis.
Mário Bortolotto conduz a oficina a partir da metodologia da interação entre os participantes, seguindo o princípio do bielorrusso Lev Vygotsky (1896-1934), que se dedicou a estudar os filtros entre o homem e o meio onde vive. Oportunidade de criar um texto dramático a partir da valorização do contato e o diálogo, experiência de vida, conhecimento cultural e antropológico de cada participante.
FICHA TÉCNICA
Direção: Mário Bortolotto. Texto: Simon Stephens. Tradução: Vanessa Deborah. Assistência de Direção: Marília Medina e Isabela Bortolotto. Elenco: Ana Rita Abdalla, Carcarah, Debora Sttér, Gabriel Oliveira, Mário Bortolotto, Maurício Bittencourt e Rebecca Leão. Direção de Produção: Isabela Bortolotto. Assistência de Produção: Vanessa Deborah. Produção Executiva: Carcarah. Iluminação: Ademir Muniz e Mário Bortolotto. Sonoplastia: Mário Bortolotto. Operação Técnica: Ademir Muniz. Figurino: Leticia Madeira e Vanessa Deborah. Cenografia: Mariko e Seiji Ogawa. Cenografia Digital em Vídeo Mapping: Ninguém. Programação Visual e Ilustração: André Kitagawa. Fotos: Zyon Colbert.
Foto: Zyon Colbert/Divulgação