Meus encontros com o poder da arte na comunicação

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Por André Luiz Lima

Na arte dos encontros, divido minhas andanças por aí, que se transformaram em um manual de comunicação e expressão com o mundo e pelo mundo, através da alegria e beleza que, para mim, se traduzem em arte. Hoje, a mão que se levanta é minha para fazer um convite a essa conexão de encontros, e irmos juntos transformando mundos.

A cada encontro que vivi pelo mundo, sinto a potência transformadora da arte – um elo que transcende as palavras e ressoa em cada gesto, cada olhar, cada experiência compartilhada. É essa essência que permeia minha trajetória e que desejo compartilhar, conectando a profundidade das técnicas e trocas culturais com a simplicidade e beleza que a arte nos proporciona: um olhar renovado sobre nós mesmos e sobre o mundo.

Quando, ainda na adolescência, escolhi seguir o caminho das artes cênicas, percebi que o verdadeiro valor das coisas estava na essência, e não apenas na aparência. Minha primeira viagem para estudar fora abriu portas para diversas culturas, expandindo meu horizonte e ampliando meu entendimento sobre o que realmente é comunicação: a união da arte e do autoconhecimento que conecta as pessoas, inspira e transforma.

Ao longo da minha jornada, os lugares que visitei e as pessoas que encontrei foram me moldadndo.  Esses encontros revelaram que a comunicação é uma arte poderosa, capaz de criar pontes
Fotos: Acervo pessoal

Ao longo dessa jornada, os lugares que visitei e as pessoas que encontrei foram me moldando. Cada troca se tornou um ponto de aprendizado – em workshops em Oxford, na Inglaterra, em estudos na Suíça, nos palcos da França, em conversas ao redor de mesas na Grécia e tapas espanholas, no poder da exuberante natureza e cultura andina do Equador, unindo a força colombiana, e, claro, nos muitos cantos deste Brasil, nos botecos da esquina de casa e, também, em momentos de solitude. Esses encontros revelaram para mim que a comunicação é uma arte poderosa, capaz de criar pontes entre histórias e culturas, conectando mundos distintos.

Nos meus workshops e imersões, como “Olhar-se, Se Olhar Através da Imagem: Uma Experiência Multicultural”, o objetivo vai além de ensinar técnicas. Trata-se de criar um espaço onde os participantes se encontram, se olham e se reconhecem, usando a imagem e o movimento como linguagens universais que transcendem fronteiras.

Inspirados pelas tradições indígenas e latinas brasileiras, exploramos a conexão com nossas raízes, integrando esses elementos para entrelaçar histórias pessoais em um fluxo coletivo. A prática do improviso traz à tona a essência criativa e a coragem de se expor, e, em cada movimento, em cada improviso, o grupo constrói uma “roda da vida”, um cenário vivo onde experiências ganham forma e se tornam parte de uma narrativa maior.

Outro aspecto que me inspira é explorar a força da imagem e da identidade por meio de práticas como o Teatro Noh e de referências a artistas como Marina Abramovic. Esses elementos permitem que os participantes experimentem sua própria presença em cena, um espaço que, mais do que técnico, é de introspecção e autenticidade. A arte de se comunicar vai muito além das palavras – é uma expressão completa de si, uma sinergia entre o interno e o externo.

E essa experiência não precisa ficar restrita a momentos isolados. Na “Escola da Expressão: O Poder da Arte na Comunicação – Transformando sua Expressão em Sucesso”, essa proposta ganha continuidade em uma imersão que, desde o primeiro instante, convida os participantes a integrar sua expressão pessoal às demandas da vida moderna. Por meio do autoconhecimento e do domínio de técnicas de interpretação e espontaneidade, buscamos aprimorar as interações e a convivência cotidiana. Essa imersão é uma jornada que conecta arte, mente e tecnologia, oferecendo ferramentas para que cada um descubra como a comunicação consciente pode transformar a maneira como vivemos.

Acredito que podemos mudar o mundo ao nos comunicarmos de maneira mais plena e verdadeira. A arte é o caminho para essa transformação – uma linguagem universal que atravessa barreiras e toca o coração. Em cada encontro, o que realmente importa é a troca, o aprendizado mútuo e a alegria de estarmos presentes e conectados. Que cada palavra, cada gesto e cada história inspire outros a também transformarem o mundo ao seu redor.

“O que importa não é ver, mas sim ter olhos que veem.”

André Luiz Lima

Londrinense, ator, diretor, professor, palestrante e produtor cultural. Siga os Instagrans de André@allconnecting @aondevaiandre

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(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.

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