Por Cláudio Chiusoli
Certo dia, após um evento, um amigo mostrou a foto da sua Farm de criptomoedas (fazenda literalmente). Fiquei curioso e fui conhecer.
Mas, antes de contar esse caso, é preciso entender que, basicamente, o termo minerar significa que está sendo resolvido problemas matemáticos complexos. A mineração é um processo bastante caro e pode-se recorrer aos pools de mineração para aumentar a receita, que são grupos de trabalho que unem a potência de diferentes máquinas e aumentam as chances na quebra de blocos de criptomoedas. O resultado é proporcional à contribuição de cada máquina ao processo de mineração.

Ele explicou-me que tudo começou quando recebeu indicação de quem ajudaria a montar a “Farm” na mineração de criptomoedas. Assim, após muito estudar sobre o assunto, fez o investimento necessário e adaptou o local em sua residência. Seria necessário deixar o espaço muito bem ventilado, com ar condicionado e capacidade de energia para suportar o consumo exigido. Uma verdadeira engenharia.
O investimento foi de R$167 mil (hoje não sairia por menos de R$200 mil) e o resultado mensal, já que está no terceiro mês de operação, rende algo aproximado em R$17 mil equivalentes em criptomoedas que é a Ethereum. Para isso foi necessário a instalação de 35 placas de vídeo. Cada placa custa mais de R$4 mil reais.
Agora é possível entender o motivo dos preços das placas de vídeos aumentarem excessivamente, pois houve um excesso de consumo no mundo inteiro na corrida para fazer mineração, pois é um equipamento essencial para montar a Farm.
E logo no início de 2020, com a pandemia, houve a paralização das fábricas, bem como as cadeias de distribuição, a fabricação desses chips foi seriamente afetada.
E para piorar a situação, com o pouco que era produzido, o problema é que não eram clientes comuns comprando, mas sim mineradores de criptomoedas que adquiriam o maior número possível de placas de vídeos.
Voltando ao caso da Farm, depois de investir no equipamento necessário, ele relatou que é preciso configurar uma carteira virtual para armazenar os ganhos e realizar as transações.
Depois de selecionar o hardware e definir a carteira para armazenar as receitas, deve-se escolher um software, que tem opções free, que ajuda na mineração.
Além de garantir que máquina esteja conectada à rede blockchain, muitos programas também fornecem informações sobre sua produção média de trabalho e estatísticas sobre cada máquina, como temperatura atual e potência de processamento usada, que pode ser acompanhada por meio de aplicativos específicos.
Claro que essa engenharia não é tarefa para amador, mas é possível consultar especialistas nesse assunto para quem deseja entrar nesse novo modelo de negócio. Ou estudar, por conta própria, em sites que dão dicas, que foi o caso dele e com algumas orientações de amigos.
Fique por dentro. Boa semana. Gratidão!
Cláudio Chiusoli

Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.
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Foto: Vecteezy