Por André Sell
Caros leitores e amigos d’O Londrinense, hoje o assunto trata de reforma de portarias em condomínios de residências visando a segurança.
Diferentemente do que ocorre hoje em dia, os edifícios mais antigos não tinham um controle tão eficaz e de monitoramento como agora. A portaria era, geralmente, numa guarita junto à divisa do terreno bem perto da calçada. Lá você se identificava e o porteiro é quem dava a permissão de acesso tão pronto o morador liberasse a sua entrada. Atualmente temos o acesso em duas etapas, passando pelas eclusas, ou como são popularmente conhecidas como “aquários” ou até de “gaiolas”! Nosso povo é bem criativo.
Isso se deve à necessidade do aumento da segurança, inclusive com o advento ao passa-objetos: ali temos a entrega desde documentos até de comidas (pizzas e lanches, principalmente). O contato, antes direto, cara a cara, hoje se faz através de forma mais impessoal por câmeras de monitoramento que, além dessa função, também fazem a gravação e, em casos mais sofisticados, o morador tem acesso também à partir da sua unidade de moradia ou do próprio aparelho celular.
Posto isso em relação ao assunto da arquitetura de reformas desses espaços. Todos querem segurança, mas certamente que essa etapa traga uma cara nova ao edifício: mais moderno e mais bonito! Aliás, arquitetura é também sinônimo de beleza, estética, de algo inovador.
Os profissionais que atuam nessa área têm em mente essas premissas, segurança, funcionamento adequado e que sempre fique agradável ao olhar.
Outro item que sempre nos pedem, até por ser obrigatório, é sobre a acessibilidade. É comum que se pense que acessibilidade é para tão somente cadeirantes, mas deveremos pensar em pessoas com outros tipos de deficiências de mobilidade, grávidas, pessoas com problemas de visão reduzida e tantos casos que, hoje, nos chamam atenção.
Quando há evolução, há que se pensar de modo mais empático, onde a preocupação com os outros deverá ser algo natural em nossa vida, nas nossas ações. E arquitetura, como sempre menciono, não é apenas fazer obras bonitas, mas, na sua complexidade, atender às necessidades humanas. A beleza decorrente do trabalho vem “de graça”: aí entra a criatividade do profissional. E Londrina é pródiga em bons arquitetos.
Veremos nas fotos alguns exemplos de “antes e depois” de algumas intervenções que tive oportunidade de projetar.






Um ótimo final de semana a todos.

André Sell
Catarinense, formado em Arquitetura e Urbanismo no Rio de Janeiro e morador de Londrina há 3 décadas. Arquiteto por vocação, inquieto e curioso, atua nas mais diversas áreas como projetos residenciais , comerciais e corporativos e Interiores. Foi presidente do CEAL, é atualmente Conselheiro do CAU/PR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná) pela região de Londrina pela terceira vez. Lecionou também em faculdades de Arquitetura, na graduação e na pós-graduação. Tem projetos, além do Paraná, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.