Por Marcelo Minka
Acredito que quase todos os cinéfilos tiveram uma experiência cinematográfica quando eram jovens e essa experiência se transformou em paixão por cinema. No meu caso foi com o filme Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981), quando eu tinha doze anos de idade. Mês passado, resolvi assistir novamente os Caçadores para me animar a ver o novo aposentado Mr. Jones. Foi uma bela decepção. A trilha sonora de John Willians me irritou e achei as cenas de ação muito vagarosas. Sem contar que o argumento é pífio. Com ou sem Indiana Jones, os nazistas iam ter aquele final com a arca perdida.
LEIA TAMBÉM
O mesmo aconteceu com a Relíquia do Destino, infelizmente. Sentimentos nostálgicos à parte, John Willians me irritou, as cenas de ação são bem fraquinhas e o roteiro, escrito a oito mãos, deixa a desejar.
Não há dúvidas de que os Caçadores da Arca Perdida revolucionou a narrativa dos filmes de ação, mas isso foi lá em 1981, e o diretor James Mangold (Logan – 2017) deixou o ritmo da Relíquia do Destino lá em 81 também. O filme todo é uma correria danada, mas uma correria lenta, em pleno 2023 estamos acostumados a ver com muito mais rapidez, temos jogos on-line, Instagram, TikTok… nos filmes de ação nossos olhos gostam de velocidade.
Referências aos outros Indiana Jones
Outro ponto negativo, que deveria ser positivo, é que o filme faz referências a cenas de outros filmes da franquia ‘Indiana Jones’ o tempo todo. Mas como é que vamos nos lembrar de uma cena de um filme lá de 1981 ou de 1984 ou de 1989? A trama segue a linha estrutural dos outros filmes da franquia, onde o arqueólogo Indiana Jones tenta resgatar uma relíquia criada por Arquimedes e que está nas mãos dos nazistas.
Talvez o texto tenha ficado muito pesado, mas é opinião de um fã da franquia. Claro que é sempre emocionante ver Harrison Ford de chapéu e chicote na mão incorporando Indiana Jones, mesmo na casa dos seus 80 anos. Se você é fã do personagem como eu, talvez goste do filme.

Marcelo Minka
Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas. Me siga no Instagram: @marcelo_minka e @m_minka_jewelry