Por Telma Elorza
“Namoro um cara muito legal, há quatro meses. Mas toda vez que vamos transar, ele faz um sexo oral ruim. Parece que a língua é um liquidificador ligado na velocidade máxima. Acaba mais me incomodando que dando prazer e eu geralmente interrompo, puxando-o para penetração. Como falar para ele que está fazendo errado?”
A leitora teve coragem de falar o que muitas mulheres não falam. Boa parte dos caras não sabem fazer um bom oral. Já ensinei alguns que me pediram aqui, mas nunca tinha aparecido uma mulher reclamando do namorado. Por que? Porque uma mulher sábia pula fora do relacionamento depois do primeiro oral ruim. É tipo um termômetro que mede a atuação posterior. Não fazer sexo oral na parceira é ainda pior: é indicativo que o cara não tá nem aí para a mulher. Ou faz força para gostar de mulheres, de modo geral.
Mas, tá, não vamos julgar a leitora. Há mais envolvido num namoro que apenas o sexo oral. Se ela gosta das outras coisas que o namorado faz, tudo bem.
O único jeito é esse que a própria leitora indicou: uma conversa sincera é a melhor maneira de resolver a situação. Por que? Porque ele não sabe que está fazendo errado e que a incomoda. Nunca, ninguém, disse para ele que está falhando nisso. E se ninguém disse, ele vai continuar fazendo errado o resto da vida.
“Ai, mas como vou chegar para meu namorado e falar que tá ruim”? O negócio é ser carinhosa e começar a falar na hora do “vamo vê“. Ele começou com o liquidificador? Segure a cabeça dele e peça para ir mais devagar. “Faz devagar, querido, quero sentir tudo”, pode ser uma boa tática. Vá falando com voz sexy, pedindo para fazer isso ou aquilo. Até ele notar que você realmente está gostando, que está mais relaxada. Estimule-o, em alguns momentos, a fazer bem devagar e, em outros, mais depressa. Fale pra explorar outras áreas da sua pepeca. Peça que escreva o nome com a língua no clitóris (ou clítoris, ambas as versões podem ser usadas na língua portuguesa, hehehe).
Não tenha pressa, aproveite o quanto puder da disponibilidade dele de fazer o oral. E quando gozar, procure fazê-lo saber. Gema alto, grite, berre, se contorça. E depois o elogie. “Nossa, dessa vez você me deixou louca, acabada. Foi o melhor orgasmo que tive na vida!”.
Pronto. Aposto que ele vai querer repetir, se esforçar para sempre arrancar orgasmos deste tipo na parceria, porque nada dá mais satisfação a um homem que se sentir o poderoso na cama, o bonzão de cama. E você o ensinou sem ferir o ego masculino.
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Quem é Tia Telma?
Jornalista, divorciada, xereta por natureza e que sempre se interessou muito por sexo. Com a vida, aprendeu várias coisas, mas a principal é que sexo é uma coisa natural e deve ser sempre prazeroso.