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Como fazer bondage bem feito?

Por Telma Elorza

“Descobri recentemente que tenho tara por transar amarrada. Foi meio por acaso, quando meu namorado me propôs me amarrar na cama. Fiquei maluca e adorei. Agora quero sempre. Mas nós não sabemos muito bem como fazer a famosa bondage. Há algum truque, na amarração, para que não machuque? Há cursos sobre isso?”

Bondage faz parte das práticas BDSM (sigla para bondage, disciplina, dominação, sadismo, submissão e masoquismo), onde o praticante é parcial ou totalmente imobilizado pelo companheiro(a) por algemas, cordas e/ou correias. Alguns usam também mordaças, mas não há um certo ou errado aqui. O objetivo é deixar o “amarrado” vulnerável ao que o dominador quiser fazer com ele (Um parênteses aqui só para lembrar que o BDSM não tem objetivo de machucar fisicamente ou torturar psicologicamente. Deve ser tudo consensual e os praticantes combinam uma senha de segurança, para que não se ultrapassem os limites estabelecidos entre eles). Segundo os praticantes, essa vulnerabilidade é altamente excitante.

Assim, não é surpresa que a leitora tenha gostado de ser amarrada. Aliás, depois dos 50 Tons de Cinza, a prática até que se popularizou muito.

Basicamente, para praticar bondage não precisa de muitos investimentos, a não ser em coisas para imobilizar o parceiro. No nível 1, digamos assim, para iniciantes, uma algema está de bom tamanho, mas sugiro que comece a comprar correntes, correias e cordas, para imobilizar mesmo.

Bondage é uma das práticas BDSM, cuja ideia principal é deixar o parceiro imobilizado durante o sexo
Foto: reprodução da internet

Variantes do bondage: Shibari e Kinbaku

Porém, se quer mesmo evoluir na prática, tem que conhecer variantes como Shibari (verbo japonês que significa amarrar) que seria uma versão moderna do Kinbaku, a técnica japonesa de amarração quase artística, desenvolvida a partir de uma prática de guerra, onde os prisioneiros eram amarrados como forma de tortura.

Tanto o Shibari quanto o Kinbaku – cuja principal diferença está na posição de amarração: o primeiro é assimétrico, buscando o desconforto; o segundo é simétrico, buscando a imobilização total – envolvem desde nós simples até os mais complicados, geralmente com várias peças de cordas, com 5 a 8 mm, de diversos materais. Mas são cordas específicas, adquiridas em lojas especializadas. Nada de comprar em lojas de materiais de construção, se não quiser ter a pele arrancada. Elas podem ser feitas de juta, algodão ou cânhamo, tratados para tirar a aspereza. Para quem mesmo se especializar no bondage, precisa ler este livro que mostra os tipos e como fazer os nós do Kinbaku.

Há inclusive a prática do Kinbaku suspenso, ou seja: o amarrado fica imobilizado pendurado. Mas esse tipo só aconselhável para quem muita prática, porque envolve riscos maiores (o menor deles é cair e se machucar).

Enfim, são vários caminhos para saber mais sobre o assunto. Há sites especializados no assunto (com venda de produtos), sites de fãs da prática, livros e até cursos on-line. Basta procurar um pouquinho que acha.

No entanto, nunca esqueça de um acessório de segurança: a tesoura própria para cortar cordas. Elas são necessárias para evitar qualquer problema. Porque sempre pode acontecer alguma coisa e não é fácil desfazer os nós rapidamente. A tesoura deve sempre ficar à mão.

No mais, divirta-se.

Espero ter ajudado.

Tem dúvidas sobre sexo? Mande sua pergunta para telma@olondrinense.com.br

Quem é Tia Telma?

Jornalista, divorciada, xereta por natureza e que sempre se interessou muito por sexo. Com a vida, aprendeu várias coisas, mas a principal é que sexo é uma coisa natural e deve ser sempre prazeroso.

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(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.

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