Por professor Renato Munhoz
Em setembro de 2015, na sede da ONU, em Nova York, em um encontro de líderes mundiais, decidiu-se por um plano de ação para erradicar a pobreza e a fome, com o objetivo de oferecer educação de qualidade ao longo da vida para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030. O processo foi iniciado em 2013, seguindo mandato emanado da Conferência Rio+20. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável deverão apontar os caminhos para as políticas nacionais e organizar atividades de cooperação internacional, sucedendo e atualizando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
Vamos fazer uma série de matérias aqui na nossa coluna sobre os ODS. Tão relevantes e que podem contribuir numa visão mais acertada em relação a ações efetivas de sustentabilidade.
Nessa agenda, estão previstos compromissos para erradicação da pobreza, segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização, entre outras.
Todos estes compromissos tem como direcionamento três grandes dimensões humanas, em diversos níveis. Para organizar melhor a agenda, ficou estabelecido os seguintes níveis:
Social: ligados a questão do desenvolvimento humano nas áreas de saúde, educação, justiça social. Com ênfase na qualidade de vida das pessoas.
Ambiental: Com respeito as questões de preservação e conservação do Meio Ambiente. Com ações que vão desde o combate ao desmatamento, proteção das florestas, da biodiversidade, combatendo as diversas formas de degradação ambiental, proteção dos oceanos. Com o efetivo compromisso de ações que combatam as mudanças climáticas.
Econômica: Abordando a reflexão de que o atual modelo econômico aponta para o esgotamento dos recursos naturais, excessivo volume consumo de energia, sem diversificação das fontes produtoras de energia. Podendo inclusive nos levar ao caos. É preciso refletir e repensar nossa forma de viver e conviver com o planeta.
Institucional: Aqui um nível fundamental, para transformarmos os ODS em práticas. É necessário um envolvimento sincero de todas as instituições, para que transformemos em planos de ação nos mais diversos níveis de atuação e nas mais variadas esferas.
Os ODS foram organizados em 17 objetivos que são apresentados neste quadro e que vamos entrar pouco a pouco em cada um deles.
Mais que conhecer os ODS nosso objetivo é sem dúvida reconhecer os esforços que tem sido feito mundo afora na consolidação de uma Cultura Sustentável, capaz de alterar o rumo e frear o ritimo das mudanças climáticas, que não tem apenas como objetivo a preservação do planeta, mas sobretudo resguardar a dignidade da vida humana.
Renato Eder Munhoz
Historiador e Teólogo, especialista em Educação Ambiental e Sustentabilidade. Coordenador de Projetos do COPATI (Consórcio de Proteção Ambiental do Rio Tibagi).
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