Por professor Renato Munhoz
As grandes marcas do mundo têm buscado carregar junto a sustentabilidade, para atender a parcela da população que busca o consumo consciente
O que têm por detrás dos produtos que você consome? Quais são os valores e princípios defendidos pelas empresas que o produzem?
Estas são perguntas que um grupo de consumidores, que tem crescido nos últimos tempos, têm feito ao chegarem ao balcão ou a gôndola de uma loja ou supermercado. São os chamados consumidores conscientes, que alcançam cerca de 22% da população brasileira, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Eles buscam produtos que melhorem sua vida em primeiro lugar, possibilite saúde, qualidade. E que, por outro lado, melhore a vida do planeta.
Os produtos sustentáveis em muitos lugares do mundo têm loja própria. Tem carteira de clientes garantida. Em outros lugares carregam um selo, autenticando a sustentabilidade do produto.
O consumo consciente carrega três valores preponderantes desde o processo de produção até o processo de comercialização:
Respeito ao ser humano: considerando as condições de trabalho dignas e a valorização dos colaboradores da empresa, com os direitos garantidos e com investimento no capital humano. Cada vez mais as imagens das propagandas das marcas têm adentrado às indústrias para mostrar o trabalho das pessoas envolvidas no processo de fabricação. A humanização da marca, se é que se pode assim ser chamada.
Respeito ao Meio Ambiente: Este é um valor de exportação. Muitos produtos só alcançam o mercado exterior após comprovada atuação de sustentabilidade. É impensável hoje não agregar este valor aos produtos. Desde a utilização de matérias primas cada vez mais sustentáveis e reutilizáveis. Até o uso responsável dos meios naturais, como reuso da água, constituição de áreas de reflorestamento, energia solar, investimento massivo em tecnologias sustentáveis que diminuam a emissão de gases nocivos. Estes produtos tendem ser a “bola da vez” para o novo perfil de consumidor consciente.
Respeito Social: Preponderante para as marcas estarem próximas de seus consumidores, interferindo muitas vezes nas comunidades, para que as pessoas tenham melhores condições de vida ou, em muitos casos, possam acessar os produtos de determinadas marcas, investindo por exemplo em projetos de geração de renda. O interesse por essas marcas e produtos “socialmente responsáveis” alcança uma geração que valoriza este selo, antes de decidir pela compra.
Uma pesquisa de 2019 feita pela Union+Webster divulgada pela FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) aponta que 87% das pessoas entrevistadas preferem comprar produtos sustentáveis e 70% não se importam em pagar um pouco a mais por isso.
É uma tendência, que impulsiona a formação de uma corrente do bem. Quanto mais as empresas estiverem ligadas nesse perfil, melhor será o tipo de consumidor e ganham as empresas, ganham as pessoas e ganha o planeta.
Professor Renato Munhoz
Educador, historiador, teólogo. Pós graduado em juventude gestão de programas e projetos sociais e educação ambiental. Me siga no Instagram: @profrenatomunhoz
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Foto principal: Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro/INEA
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