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Conheça os três “Rs” da Sustentabilidade e saiba como colocá-los em prática

A Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010 sintetizou toda ação voltada para a prática da destinação correta de resíduos, naquilo que ficou conhecido como os “3 Rs” da Sustentabilidade. Isso possibilitou uma ação mais pedagógica no ato de repensarmos nossas atitudes do cotidiano e evitarmos o descarte desnecessário ou incorreto.

A cultura do descartável foi impondo um modo de vida, onde a geração de resíduos aumenta todos os anos. Segundo o Panorama de Resíduos Sólidos, entre 2019 e 2020 a geração de resíduos por pessoa por ano saltou de 348 Kg/ano para 379 Kg/ano.

O que assusta não é apenas a quantidade de resíduos gerados, mas sobretudo o fato de que uma parte significativa do resíduo ainda é tratado de forma inadequada. Ainda cerca de 60% dos municípios brasileiros não implantaram a coleta seletiva. E uma parte considerada ainda se utiliza dos lixões como locais para destino dos resíduos.

Falta a implementação de políticas públicas, mas também falta uma cultura onde haja um trabalho na direção da diminuição na geração de resíduos.

Vamos falar sobre os “3 Rs” da Sustentabilidade: Reduzir, Reciclar, Reutilizar. Que, se aplicados com seriedade, poderíamos contribuir diretamente para a formação de uma nova cultura de sustentabilidade.

Foto: Facebook do Ronaldo José Moreira

Reduzir – Este é um dos princípios que podemos começar a pensa-lo a partir de nosso cotidiano. Por exemplo, quando deixamos de usar sacolas descartáveis e passamos a utilizar as sacolas retornáveis, confeccionadas muitas vezes com material reciclável. Estamos reduzindo desta forma a ida destas sacolas para lugares inadequados. Quando deixamos de usar copos e outros materiais descartáveis no ambiente de trabalho, no qual cada um tem sua caneca ou garrafinha. Se separarmos corretamente os reciclados e encaminharmos para as cooperativas de reciclagem. Com isso, estamos colocando em prática o primeiro R sustentável.

Reciclar – Em muitas casas encontramos a sacola do mercado, transformada em saco de lixo. O vemos ainda cada resíduo sendo colocado de forma separada, possibilitando a destinação correta. Existem lugares que transforma o reciclado em artesanato. Como é o caso do artesão Ronaldo José Moreira, de Cascavel, que transforma garrafas PET em banquetas, caixas de leite em mascaras de carnaval. A transformação do material ou o retorno dele em forma de matéria prima é o que chamamos de reciclagem. Inclusive hoje muitas famílias sobrevivem da reciclagem, nas cooperativas de coleta e separação.

Foto: Facebook do Ronaldo José Moreira

Reutilizar – A reutilização segue o principio de manter na mesma forma aquilo que é passível de ser utilizado novamente. Lembra dos potes de azeitona que viraram potes de café? Ou das garrafas de plástico que agora são usadas como recipientes de água para a geladeira. Ou mesmo as antigas latas de bolacha, que se tornaram potes de arroz. Também podemos reutilizar a água da chuva, para reuso. Para lavarmos os carros e calçadas. A água da máquina de lavar pode ter o mesmo destino. Entre outros materiais que, se pensarmos bem, não destinamos nem descartamos incorretamente. Outro exemplo é a compostagem dos alimentos que é transformada em adubo para ser reutilizado posteriormente.

O que é mais importante nesse aspecto é o caminho proposto. Sustentabilidade é passo a passo. Mas é importante dar os primeiros passos. Porque se não, continuaremos regredindo na mentalidade e nas ações. Que tal começarmos agora e no dia-dia ambiental de cada um e cada uma de nós?

Renato Munhoz

Professor, teólogo historiador. Pós Graduando em Educação Ambiental e Sustentabilidade. Coordenador de Projetos do COPATI (Consórcio para Proteção Ambiental do Rio Tibagi).

Foto: CompraSustentável

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