Por professor Renato Munhoz
Não é um equívoco relacionar abelhas a sustentabilidade. A presença delas é sempre sinônimo de ambiente saudável e equilibrado. A ausência ou presença em ambientes que não são comuns a elas indica desiquilíbrio. Por exemplo, a presença cada vez mais de enxames nas cidades revelam uma alteração significativa no ambiente.
É importante entender que, na escola da sustentabilidade, nossas amigas abelhas -ou como diria o ambientalista São Franciso de Assis, nossas irmãs – são professoras. Ensinam com seus exemplos sintrópicos.
Um grupo de cientistas da Universidade Nacional de Singapura (NUS) e da Academia Chinesa de Ciências investigou o padrão de comportamento e distribuição de 20 mil espécies do inseto pelo mundo.
Como resultado, o estudo revelou que as abelhas preferem viver em lugares distantes da Linha do Equador, em zonas secas e com clima ameno. O grupo também testemunhou a importância dos diferentes papéis dos animais na manutenção do meio ambiente e os benefícios que geram para os seres humanos.
Não por menos, a maior contribuição de nossas pequeninas operarias é a polinização. É um dos insetos mais potentes no papel de polinizar flores e frutos. Sem elas, a alimentação do mundo estaria condenada a escassez. De tudo o que consumimos como alimento 70% são polinizados por abelhas.
Outro papel é a manutenção das florestas. Sem a polinização das abelhas, muitas espécies de plantas deixariam de existir. Na Mata Atlântica, por exemplo, 90% das plantas são polinizadas por abelhas.
A ONU (Organização das Nações Unidas) declarou o dia 20 de maio como Dia Internacional das Abelhas, tamanha a importância do papel delas para a sustentabilidade do planeta.
Mas por que a abelhas correm o risco de desaparecer?
O avanço das cidades, para áreas de matas, o desmatamento e o uso indiscriminado de agrotóxicos, colocam em risco a vida de nossas amigas.
Em muitos lugares do Brasil, a Educação Ambiental tem passado pelo resgate desta relação fundamental, entre ser humano e as abelhas, para criar um ambiente de convivência e respeito.
As escolas de Londrina, têm aderido ao projeto “Abelhas sem ferrão”. São 15 unidades escolares que contam com meliponários de abelhas nativas brasileiras, que não tem ferrão. O Brasil conta com mais de 300 espécies de abelhas nativas, fundamentais para os biomas brasileiros.
Importante proteger, resgatar e aprender com as abelhas. Quem sabe se, ao invés de o ser humano produzir ódio, violência, falta de amor, produza mel, capaz de adoçar a vida de muitas pessoas.
Fonte: Agro Estadão
Foto principal: Secretaria Municipal de Educação de Londrina
Professor Renato Munhoz
Educador, historiador, teólogo. Pós graduado em juventude gestão de programas e projetos sociais e educação ambiental. Me siga no Instagram: @profrenatomunhoz
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