Por Cláudio Chiusoli
“A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes.” Adam Smith (1723 – 1790) foi um economista e filósofo escocês.
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Em artigo anterior realizei um comparativo dos indicadores do Brasil versus Argentina. Nossos vizinhos, os “Hermanos”, são uma grande atração turística, mas o atual governo ideologicamente de esquerda fez com que a economia do país caísse em desordem e entrasse em uma situação caótica: inflação extremamente alta, forte desvalorização da moeda local (o peso) e déficit público.
Diante dos gastos públicos, o que o governo faz para cobrir seus gastos?
Emitiu mais pesos (moeda local) e já cria mais notas de peso com valores maiores. No caso do Brasil, a maior nota hoje é de R$ 200.
Situação caótica: indicadores mostram
Não é preciso ser um especialista para ver que os indicadores da Argentina estão ruins, como exemplo, apenas nestes três: inflação, taxa de juros e nível de classificação de risco-país.
1- Inflação (acumulada últimos 12 meses até julho de 2023):
Brasil: caiu de 8,8% para 3,5%
Argentina: aumentou de 78,5% para 115,6%
2 – Taxas de juros anuais:
Brasil: caiu de 13,75% para 13,25%
Argentina: aumentou de 69,5% para 118%
3 – Classificação de risco como país seguro para investimento de acordo agência Moody’s
Brasil: Ba2 (classificado como grau especulativo)
Argentina: Ca (classificado como vulnerabilidade a não pagamento)
Como emitir moeda é conhecido por ser inflacionário e aumentar impostos para arrecadar mais dinheiro seria uma medida impopular, uma saída para esta crise foi buscar empréstimos por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI), no aporte de US$ 45 bilhões para a Argentina, uma vez que as reservas cambiais estão baixas.
Resumo da história: decisões políticas populistas com certeza vão atrapalhar a economia.
E quem seriam os príncipes no nosso país?
Fique por dentro. Gratidão!

Cláudio Chiusoli
Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.
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Foto: Freepik
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Respostas de 8
Um historiador que faz um recorte pobre de todo um contexto histórico de séculos de sucessivas crises humanas, sociais e econômicas. Busca culpabilizar um partido por todo um contexto.
Exatamente. Achei o texto muito enviesado.
O Professor poderia rever o texto, porque a crise na Argentina não é recente, está passando por todos os governos, de Macri a Fernandez.
Excelente artigo professor !!!
Os dados sao incontestáveis !!!
O resultado de politicas populistas sempre foi e sempre será este que se apresenta na Argentina !
Existem muitos outros exemplos alem desse nosso vizinho . Só nao vé quem nao quer !!!
Gratidão Semi
Você que um bom empresário e vive o dia no mercado, sabe na pele o que tudo isso implica. abs
Muito triste a situação da Argentina. Pior é saber que com esse desgoverno atual do Brasil, podemos ir para o mesmo caminho.
Parabéns pelo artigo.
Pelo contrário, desgoverno foi o seu Bozo, que desgraçou o País em todos os aspectos, moralmente, economicamente, socialmente, politicamente, religiosamente, ambientalmente, esgarçando o tecido social, promovendo ódio, fake news, fim de amizades, famílias brigando por causa desse traste. 700 mil mortes. Um regime de terror.
Orçamento Secreto. Cartão corporativo. Rachadinhas. Jóias. Motociatas. Jet ski. 107 imóveis. Fraudes na compra de vacina. Cloroquina ao invés de vacina, porque foi anti-vacina; anticiência. Ofensas a jornalistas, mulheres, negros, gays, indígenas, quilombolas.
Bolsonaro é um escroque. Graças a um eleitorado mais consciente foi derrotado, o percentual da derrota não foi maior porque boicotaram a eleição, bloqueando estradas no Nordeste e Norte do País.
Que a cegueira ideológica vá para o inferno.
Que Deus abençoe esse Governo.
Oi Gláucia, obrigado pelas considerações. Minha leitura é apenas do ponto de vista de mercado e econômico e enquanto gestão governamental. Sabemos que a Argentina outrora, foi a principal economia na América do Sul.
E tende a piorar se o candidato de extrema-direita Javier Milei vencer as eleições.