Por Cláudio Chiusoli
O presidente do Banco Central (BACEN), Roberto Campos Neto, é criticado pelo atual governo federal pelas altas taxas de juros e que, mais ainda, sinaliza que o Banco Central não deve ser independente.
Afinal, o que está por trás dessa ampla discussão?
O Banco Central iniciou suas atividades em 1965 com a ideia de ser um dos mecanismos que visavam cumprir o papel de “banco dos bancos”.
Seus objetivos fundamentais são de assegurar a estabilidade de preços, garantir a eficiência do funcionamento do sistema financeiro, monitorar o nível de atividade econômica e promover o pleno emprego.
É uma autarquia federal que anteriormente era vinculado ao Ministério da Economia e tem autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira.
O BACEN tornou-se independente por meio de um texto aprovado pelo Senado e por uma lei de 2019, no mandato do governo federal anterior, e que entrou em vigor em 2021.
O ponto crucial da sua independência é por não estar alinhado com as ideologias partidárias e decisões dos governantes, por isso a sua autonomia.
Essa separação tornou-se extremamente importante para ganhar a credibilidade dos investidores estrangeiros na economia.
Portanto, o mandato do presidente e diretores do Banco Central não coincidirão com o do Presidente da República.
Assim, essa independência fica isenta das influências do governo federal como é o caso das indicações a cargos pelas coligações políticas à presidência de diversas empresas estatais, como Petrobrás, além do BNDES.
Se você compreendeu, então, uma das principais razões para a autonomia do Banco Central é justamente separar o ciclo político do ciclo da política monetária.
Concorda ou não com a autonomia do Banco Central?
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Boa semana. Tenha uma ótima semana!

Cláudio Chiusoli
Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.
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Foto: Arquivo/Agência Brasil