Por Cláudio Chiusoli
Política, religião e futebol no círculo de amigos podem ser discutidos? Mas o que essas questões têm a ver com a economia?
Com certeza há muita divergência e polêmica de opinião, e esse tema é uma realidade nos grupos de WhatsApp.
Me recordo em que as discussões políticas estavam sendo expostas e os moderadores, dos grupos de WhatsApp que participo, pedindo para postar apenas sobre assuntos relacionados às propostas do grupo. Mas é impossível suprimir a excitação dos membros do grupo.
Na prática, olhando para as questões políticas, religiosas e futebolísticas, cada um tem suas próprias razões e crenças, o que é um consenso, e deve haver fatores econômicos muito fortes por trás disso.
Por exemplo, em termos de religião, há países como o Irã que têm o islamismo como religião oficial e têm um aiatolá como chefe de estado, um estado teocrático. Toda a política e a condução da economia são inteiramente orientadas para a religião.
Pegue o futebol, por exemplo, na Copa do Mundo, o comércio tem a tradição de fechar com os jogos do Brasil, que esse ano será na parte da tarde. Imagine quantas horas de trabalho não serão alocadas na prática em uma situação em que um país quase parou de trabalhar, com muito pouco consumo.
Claro que o próprio empresário, como fã, está envolvido, mas do ponto de vista econômico, o quanto ele deixará de vender durante o evento?
Lógico que sempre tem alguns setores que lucrarão, já que cerveja, churrasco e venda de acessórios ligados à Copa estarão em alta.
E, não menos importante, a política, com o cenário do segundo turno muitos empresários temem a sequência de indicadores econômicos baseados em quem vencerá as eleições.
A deflação no Brasil está ocorrendo, o PIB está crescendo, há aumento no emprego e as previsões das taxas de juros está em tendência de queda. Enquanto isso, no cenário mundial, a inflação está aumentando.
Faltam menos de 30 dias para o segundo turno, e realmente há uma grande expectativa e sentimento que definitivamente afetará os envolvidos na condução do investimento na economia.
Independentemente disso, dadas as implicações econômicas, o futebol acaba inspirando uma brincadeira saudável entre amigos. Religião significa que todos podem professar suas crenças e, na questão política, mesmo entre amigos e em locais distantes, a maioria tenta manter a amizade e o companheirismo.
Afinal, uma coisa é certa, na economia, a busca por riqueza e poder acaba afetando muitos interesses.
Baseado nisso, é possível separar política, religião e futebol do círculo de amigos?
Deixo a reflexão e fica a leitura. Desejo uma ótima semana!
Cláudio Chiusoli
Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR. Mande sua sugestão ou dúvidas para prof.claudio.unicentro@gmail.com. Acompanhe meu canal do e minhas redes sociais Linkedin, Facebook e Instagram.
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