Por Cláudio Chiusoli
O Plano Real pode ser considerado o programa econômico de maior sucesso implementado no país, que completou 29 anos em 1º de julho.
O sucesso do Plano Real foi devido a um processo de estabilização econômica iniciado em 1993 que marcou a quebra da escalada inflacionária do Brasil.
Considerando os cortes de zeros e inúmeros planos econômicos lançados na década de 1980 e 1990, que fracassaram, o Plano Real conseguiu sobreviver a diversas crises do mundo capitalista, ao longo desse período.
LEIA TAMBÉM
A entrada em circulação da moeda Real aconteceu em 1º de julho de 1994 e mudou o perfil da inflação, que acumulava em 12 meses, a marca de 4.922% na véspera do lançamento da nova moeda (jul/93 a jun/94).
Plano Real reduziu a inflação
A taxa de inflação no final de 1994 ficou em 916%, atingindo 22% em 1995, o que mostra que a inflação claramente penalizava o poder de compra da nossa moeda.
Atualmente, projeções do Banco Central, aponta que a inflação, o IPCA deve fechar o ano em torno de 5%.
Assim, o Banco Central tem se empenhado em garantir a estabilidade do poder de compra da moeda brasileira.
Curiosamente, a taxa de inflação acumulada de julho de 1994 até hoje é de 677,5%, o que equivale a dizer que uma nota de R$ 100 deveria valer hoje R$ 777,50.
Dito isso, a nota de R$ 100 perdeu 87,2% de seu valor ao longo de sua existência. Do ponto de vista do poder de compra, essa mesma nota de R$ 100 em 1994 vale hoje cerca de R$ 12,5.
O que justifica que, para acompanhar a evolução da inflação, foram necessários criar novas notas, a exemplo da nota de R$ 200 reais, lançada em 2020.
Logo deve ser lançado a nota de R$ 500.
Fique por dentro. Boa semana. Gratidão!

Cláudio Chiusoli
Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.
Mande sua sugestão ou dúvidas para prof.claudio.unicentro@gmail.com. Acompanhe meu canal do e minhas redes sociais Linkedin, Facebook e Instagram.
Leia todas as colunas de Economia no Seu Dia a Dia
Foto: Freepik
(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.