Por Cláudio Chiusoli
Saiu, nesta quarta (3), a decisão do COPOM (Comitê de Política Monetária) de manter em 13,75% a taxa Selic. Da mesma forma, o FED (Federal Reserve, o banco central do EUA) anunciou a decisão de aumentar as taxas de juros para a faixa de 5% a 5,25%.
E a data ficou conhecida no mercado como a “super quarta”.
A relação entre juros e inflação é um tema de grande importância para a economia brasileira e mundial, uma vez que o Banco Central desempenha um papel crucial nesse processo.
De forma geral, o Banco Central é o órgão responsável por controlar a inflação e utiliza a taxa de juros como uma das principais ferramentas para alcançar esse objetivo.
Primeiramente, é importante entender que a inflação é o aumento generalizado dos preços de bens e serviços em uma economia.
Quando a inflação está alta, o poder de compra da moeda diminui, o que prejudica o consumo e o investimento.
Por esse motivo, o aumento da taxa de juros tende a desestimular o consumo e o investimento, o que reduz a demanda por bens e serviços e, consequentemente, diminui a pressão sobre os preços.
Por outro lado, quando a inflação está baixa e estável, a economia tende a se desenvolver de forma mais saudável, com a tendência de queda da taxa de juros.
É por isso que o controle da inflação é uma das principais metas do Banco Central.
É importante ressaltar que a relação entre juros e inflação não é imediata. O impacto das mudanças na taxa de juros sobre a inflação pode levar alguns meses para ser percebido.
Além disso, outros fatores, como a oferta e a demanda por bens e serviços, também influenciam a inflação. No entanto, a taxa de juros é a ferramenta mais utilizada e mais eficaz para esse fim.
Em resumo, o desafio para o Banco Central é encontrar o equilíbrio entre o controle da inflação e o estímulo à economia, buscando promover um desenvolvimento sustentável e equilibrado para o país.
Fica a leitura. Tenha uma ótima semana!
Cláudio Chiusoli
Economista e Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.
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