Por Cláudio Chiusoli
A inflação é um dos principais indicadores econômicos que os especialistas acompanham de perto para projetar cenários.
Quando ela sobe, significa que os preços dos produtos e serviços aumentaram, afetando o poder de compra da população e a estabilidade financeira do país.
Por isso, a boa notícia é que a inflação demonstra um processo de desaceleração, como foi anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na semana passada, ao divulgar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de abril que foi de 0,61%.
Isso implica mencionar que o IPCA de março foi 0,71% e em fevereiro de 0,84%.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em abril, com destaque para Saúde e Cuidados Pessoais, que foi o vilão desse indicador, que teve o maior impacto.
O IPCA acumulou em 4,18% nos últimos 12 meses (maio/22 a abril/23), mais próximo do centro de meta de inflação do BC (Banco Central) que é de 3,25% para 2023.
O positivo é que, no acumulado dos últimos 12 meses, confirma a tendência de queda, ao comparar os indicadores dos meses anteriores, de fev/23 (0,71%) e mar/23 (0,84%), como se demonstra abaixo:
- De fevereiro/22 a janeiro/23 – 5,77%
- De março/22 a fevereiro/23 – 5,6%
- De abril/22 a março/23 – 4,65%
Considerando que a inflação é o aumento contínuo e generalizado dos preços de bens e serviços em uma economia, com sinais de desaceleração no médio e longo prazo, abre espaço para queda gradativa da taxa de juros (SELIC), prevista para cair para o segundo semestre do corrente ano.
Isso implica em um crédito mais barato e menor impacto no poder aquisitivo da população.
Fica a leitura. Tenha uma ótima semana!
Cláudio Chiusoli
Economista e Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.
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