Por Cláudio Chiusoli
Uma das principais razões para o aumento da carga tributária do Brasil é o aumento dos gastos públicos, ainda mais com um atual governo que gasta muito.
Após a estabilização do Real (1994), o Brasil reduziu a emissão de moeda em relação a sua política monetária, necessitando de um aumento na carga tributária para financiar os gastos públicos.
Em 2023, a carga tributária total do governo federal representou 32,5% do PIB. Isso mesmo! Trabalhamos 1/3 do ano para destinar nosso “suado dinheiro” ao governo.
O problema em questão não é quanto se paga em impostos. É o quanto o Brasil proporciona de retorno à população com base no valor que arrecada, que hoje é péssimo.
Existe uma análise que leva em conta a relação entre as alíquotas de impostos e as receitas geradas pela tributação.
Curva de Laffer

O economista Arthur Laffer (hoje, com 83 anos), na década de 1970, desenvolveu um simples modelo que defendia a redução dos impostos cobrados da sociedade como forma de estimular a economia. Conhecido na ciência econômica como a Curva de Laffer, tem sido foco de debate e polêmica.
A teoria da Curva de Laffer tem sido utilizada para defender cortes de impostos, especialmente quando os impostos são considerados demasiado elevados, pois desestimulam o investimento e o crescimento econômico.
Para explicar brevemente, a relação entre as taxas de impostos e arrecadação do governo relacionava que em um extremo se a taxa de imposto fosse 0%, a receita do governo seria zero porque nenhum imposto é cobrado.
Assim, se os impostos forem muito baixos, mesmo quando a atividade econômica for elevada, a arrecadação pode não ser suficiente para financiar as despesas do governo.
Da mesma forma, se a taxa de imposto fosse de 100%, a receita fiscal também seria zero porque esses impostos elevados desencorajava a atividade econômica e o emprego.
Assim, se os impostos aumentam, as pessoas tendem a trabalhar e a produzir menos, reduzindo assim a arrecadação tributária por conta da sonegação.
Neste ponto, de 0% a 100%, existiria uma taxa de imposto ideal que maximizasse a receita fiscal do governo.
No entanto, a sua aplicação prática é criticada pela sua simplicidade e imprecisão na previsão do impacto real das mudanças na política de arrecadação.
Mas tem seu conceito apropriado na ciência econômica para explicar o quanto ele estimula o ritmo da economia.
Fique por dentro. Boa semana. Gratidão!
Cláudio Chiusoli

Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR. Mande sua sugestão ou dúvidas para prof.claudio.unicentro@gmail.com. Acompanhe meu canal do e minhas redes sociais Linkedin, Facebook e Instagram.
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