Por Cláudio Chiusoli
A economia e as guerras estão profundamente ligadas e a relação é complexa.
A disputa, além de ordem econômica, entra na esfera política e, sobretudo, religiosa.
Eis o exemplo da guerra da Ucrânia e Rússia e, recentemente, a invasão ao estado de Israel pelos terroristas do Hamas.
A consequência é que afeta de imediato o mercado financeiro, preços das matérias-primas e a alta do barril do petróleo, como exemplo.
A guerra pode ter um impacto significativo na economia de um país e, por sua vez, as condições econômicas de um país podem influenciar as suas decisões em relação à guerra.
Um país economicamente forte pode ter mais recursos para investir no seu poder militar, enquanto um país economicamente fraco pode estar menos disposto a entrar em conflito devido a restrições.
Guerras e economia
Existem algumas maneiras pelas quais a economia e as guerras estão relacionadas:
Despesas militares: resultam em enormes despesas militares. Os governos precisam financiar operações militares, pagar soldados, comprar armas e equipamentos.
Dívida: para financiar a guerra, muitos países fazem empréstimos e aumentam a sua dívida nacional.
Reconstrução pós-guerra: depois da guerra, os países necessitam frequentemente de investimentos para reconstruir infraestruturas e habitação.
Impacto no comércio: as guerras cessam o comércio local e mundial, levando à escassez de bens e ao aumento dos preços.
Refugiados e deslocamento: as guerras conduzem frequentemente ao deslocamento de pessoas em grande escala. Isto cria desafios econômicos significativos para os países que acolhem refugiados, bem como para os países de origem que perdem mão-de-obra.
Mudanças na política econômica: durante as guerras, os governos tomam frequentemente medidas econômicas até radicais para sustentar o esforço de guerra, tais como controles de preços, racionamento e mobilização de recursos industriais.
Impacto psicológico: a guerra gera incerteza econômica e instabilidade emocional às pessoas, afetando assim o consumo, o investimento e a produtividade.
Inovação tecnológica: as guerras tendem a impulsionar a inovação tecnológica à medida que os países investem em pesquisa e desenvolvimento para criar armas mais avançadas e estratégias militares mais eficazes.
“A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar”
Sun Tzu (544-496 a. C.)
Sun Tzu foi um estrategista de guerra, general do Rei Hu Lu e filósofo chinês. Deixou um tratado militar escrito durante o século IV a. C. com o título “A Arte da Guerra”
Fique por dentro. Gratidão!
Cláudio Chiusoli
Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR. Mande sua sugestão ou dúvidas para prof.claudio.unicentro@gmail.com. Acompanhe meu canal do e minhas redes sociais Linkedin, Facebook e Instagram.
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