Ata do Copom: os desafios da política monetária para controle de juros e inflação no Brasil

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Por Cláudio Chiusoli

Continuo a comentar um assunto que está sendo bastante discutido na mídia, mas agora a respeito da Ata do COPOM (Comitê de Política Monetária).

Após a decisão do COPOM de manter em 13,75% a taxa Selic, na manhã de terça (9) saiu a ata da reunião com a justificativa para a decisão da manutenção das taxas de juros.

A ata não trouxe grandes novidades, mas expressamente retrata que a condução da política monetária que define os juros básicos da economia para controlar a inflação requer “paciência e serenidade”.

Com relação ao cenário econômico e no mercado de trabalho, manteve-se estável apesar da redução do cenário de escassez de crédito.

O Copom enfatizou que, enquanto não for aprovado o arcabouço fiscal que trata da política fiscal (responsável pela arrecadação e despesa pública), não hesitará, aliás, em retomar o ciclo de ajuste caso não ocorra o comportamento inflacionário esperado, ou seja, de queda.

O documento ainda destacou que o processo de queda da taxa de inflação é relativamente lento. No entanto, espera-se essa queda no segundo trimestre deste ano.

Ao considerar a ata, o BC (Banco Central) tem como meta de inflação de 3,25% para 2023 e de 3,00% para 2024 e 2025, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual

O desafio do Banco Central continua o mesmo, apesar dos ataques e críticas sofridas pelo governo atual, e tem o objetivo de equilibrar a inflação com a SELIC de forma a estimular à economia.

E ainda sugere que uma aprovação bem sucedida do arcabouço fiscal pode ajudar no equilíbrio das contas públicas, que impactam diretamente nas expectativas de inflação.

Fica a leitura. Tenha uma ótima semana!

Cláudio Chiusoli

Economista e Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.
Mande sua sugestão ou dúvidas para prof.claudio.unicentro@gmail.com. Acompanhe meu canal do e minhas redes sociais  Linkedin, Facebook Instagram.

Foto: Freepik

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