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De volta ao tratamento dentário, com uma cirurgia guiada de implante

Na minha saga para reverter os efeitos da displicência com minha saúde bucal durante a pandemia, voltei ao consultório e já fui encaixada numa cirurgia para um implante 

Telma Elorza

O LONDRINENSE

Depois de um limbo de meses, que começou para me recuperar da cirurgia de extração da raiz infeccionada do dente (como mostrei aqui) e se juntou à dificuldades de conciliar agendas minha e do dentista José Norberto Garcia Nesello (ele faz palestras, dá cursos de implantondontia, participa de congressos, enfim, um profissional atualizado e requisitado), voltei à Inplancare para discutir quais seriam os próximos passos do tratamento. E, olha, pelo que entendi, ele quer deixar meu sorriso perfeito e meu rosto mais harmônico (será que faz milagre e me deixa mais jovem e bonita?). Mas, pelo o já visto nas matérias anteriores, vai ter muito trabalho para isso.

Nosso passo seguinte vai ser  fazer o implante dentário no local que extrai o dente. Aproveitando que um dos três sócios da Inplancare, o dentista Italo José Vitorino Netto, realiza cursos de Cirurgia Guiada em Implantes, José Norberto já me encaixou para ser uma dos pacientes tratados nessa especialização. O que para mim foi ótimo, já que os custos são apenas sobre os materiais utilizados. Para quem anda tendo muitas despesas, como eu, isso é maravilhoso. E, segundo Norberto, por causa da minha diabetes, essa cirurgia é a mais indicada, porque não há cortes e, portanto, menores riscos para a cicatrização e sangramentos, além de um pós operatório mais confortável. Mas, para isso, tive que fazer uma tomografia 3D do maxilar, na Radiotech Imagens. Aliás, coisa de primeiro mundo, viu? A tomografia foi feita em menos de cinco minutos, com um equipamento que parece coisa de filme de ficção científica. Recomendo. 

O curso é voltado para dentistas que querem aprender uma das mais modernas técnicas de implante. Mas, o que é uma Cirurgia Guiada e porque ela é tão revolucionária? Bom, fui entrevistar o Ítalo (antes dela acontecer) para saber, porque, né, eu também não tinha a menor ideia e sou xereta demais para me submeter a alguma coisa sem saber exatamente o que vai acontecer. Então vamos lá.

 O Ítalo usou uma metáfora de engenharia para me explicar: “Imagine que você quer construir uma casa e que eu sou o engenheiro. Quais as primeiras perguntas que vou fazer sobre essa casa? O que você quer da casa, já tem terreno, ele é plano ou não? Se não for, tem que desterrar ou aterrar. E o terreno do implante é o osso. Se o osso estiver bom, eu vou lá e coloco o implante. Se não, teremos que arrumar porque ele vai funcionar como a fundação da sua casa”, diz.

Por isso eu tive que fazer a tomografia, para que ele e o dentista que vai fazer a cirurgia em mim, Sérgio Rossafa Jr., pudessem avaliar como estavam o osso do maxilar, completando com escaneamento digital da minha boca (que eu mostrei nesta matéria) para avaliar como está por fora. “A Cirurgia Guiada é executar o implante exatamente onde deve estar, já previsto. Antes de executar o seu caso, eu sei o que posso esperar e posso mostrar isso para você. Eu uso alta tecnologia para colocar o pilar da fundação exatamente onde é preciso. Você está fazendo uma casa e erra o tamanho, a altura e o prumo de uma parede, já imaginou o quanto vai gastar para arrumar? Não faz o nível correto do piso. Já pensou sentar e sentir que está torto? Com a Cirurgia Guiada eu sei como esse dente vai se comportar antes de colocá-lo”, explica.

Legenda: Guia real (sobre modelo de gesso) que foi feito para um paciente que implantou quatro próteses – Foto: Telma Elorza  

 Com a fusão da tomografia e do escaneamento digital, os dentistas vão poder avaliar a largura, a altura e a espessura do osso (este último não aparece em Raio-X comum). “Com essa fusão de diagnósticos, consigo fazer a simulação de um dente ali, sobre o implante. Através de um software, crio um arquivo digital, que a gente chama de arquivo .STL, e mando para uma impressora 3D. E no dia da cirurgia tenho o guia pronto para uso. O guia vai ter a posição exata de onde o implante precisa ser instalado. Isso eu vou fazer antes da cirurgia. Chegou na hora, vou instalar o implante através desse guia”, diz. Veja a foto ao lado para entender melhor.

Segundo o Ítalo existe um outro tipo de Cirurgia Guiada, chamada de Cirurgia Guiada Navegada ou Dinâmica, onde o dentista enxerga, na tela do computador, ao mesmo tempo que está movimentando a mão na cirurgia. “Ambas tem suas vantagens e desvantagens. O equipamento da Navegada tem um custo muito elevado. Hoje, a mais acessível para o paciente e para o dentista é a Estática, esta que vamos fazer. Nessa, o dentista tem que conhecer a tecnologia – por isso que a gente dá curso nessa área – e saber usar o kit de cirurgia para implante com algumas características um pouco distintas.

De acordo com ele, com essa cirurgia, o dentista ganha segurança, tempo, previsibilidade e precisão. “Por que tantas pessoas têm medo de fazer implante? De tratamentos extensos? Porque não tem a segurança de saber como vai ficar. Por não saber qual vai ser o resultado, às vezes impede a pessoa de investir tempo e recursos financeiros”, afirma. Além disso, Ítalo explica que a recuperação pós-cirurgia é muito mais rápida e indolor. “Muitos pacientes falam que não tomam nem analgésicos no pós-operatório. E isso não é papo de vendedor”, garante. Na técnica do implante convencional, é preciso abrir a gengiva, expor o osso e o tempo de cirurgia vai ser maior. Com a Guiada, a precisão é alta, o tempo de cirurgia é menor e o pós-operatório é mais brando, ele me garantiu

 Só esse ano, a Inplancare já realizou dois cursos de Cirurgia Guiada. “O público do curso são especialistas que já fazem implantes e querem conhecer melhor a técnica, a mais moderna que existe dentro da precisão e reprodutibilidade”, afirma Ítalo.

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