O Londrinense POD fala de aquecimento global e sustentabilidade, nesta quinta (18)

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O  especialista em educação ambiental, Renato Munhoz afirma que é preciso mudar a consciência do ser humano e tratar o ambiente como um ser sagrado 

Suzi Bonfim

O LONDRINENSE

Em 2024, o aquecimento global e os efeitos do El Niño continuarão sendo sentidos em todo o mundo pelo menos até o mês de  abril. No O Londrinense POD desta quinta-feira (18), o professor Renato Munhoz, especialista em educação ambiental, faz uma reflexão sobre a ação humana neste processo e como aliar desenvolvimento com preservação ambiental.

Munhoz, que também é teólogo e historiador, diz que a sua visão não é técnica, mas espiritualizada na linha do ambientalista, filósofo e primeiro indígena na Academia Brasileira de Letras, Ailton Krenak.

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“O Ailton Krenak fala de se alcançar a realdeização, de colocar o ser humano dentro de uma aldeia para mudar a sua visão e entender que nós fazemos parte da mesma casa e tudo o que você faz de bom ou ruim, vai impactar em todos os que  moram nesta casa”, ressalta Munhoz .

Além de mudar a consciência do ser humano, Renato Munhoz destaca também a necessidade de educar as crianças de forma diferente, mostrando que o ambiente é um ser vivo, estruturado e organizado.

 “A gente precisa de uma alternância de modelo de consciência e precisa de uma educação ambiental diferente do que se faz hoje. É preciso trabalhar com as crianças a ideia do sagrado. Temos que  começar a entender que o meio ambiente é ser sagrado para todas as religiões. E ninguém quer profanar um lugar sagrado. Temos que começar a educar por aí”, constata o especialista em educação ambiental. 

Alternativas de produção de alimentos podem amenizar o aquecimento global

Mas como aliar desenvolvimento e preservação ambiental e garantir alimento para  as cerca de 8 bilhões de pessoas no mundo? Munhoz afirma, na entrevista às jornalistas Telma Elorza e Suzi Bonfim, que existe uma série de soluções em andamento como a agroecologia. “A agroecologia é um  sistema de produção que preserva e recupera o ambiente”, garante o professor.

Ele ressalta ainda que no Brasil, por exemplo, quase 80% da alimentação vem da agricultura familiar, mas este cidadão às vezes não está conseguindo fazer coisas como a proteção de nascentes. 

“Muitas vezes, esta produção não tem aparato de políticas públicas ou está fora de uma rede como o Movimento Sem Terra (MST). É preciso fazer um esforço para reunir estas micro experiências para apontar as soluções de produção sustentável”, constata Munhoz ao se referir às pequenas práticas de sustentabilidade que juntas podem ter grande impacto na preservação do meio ambiente.

O professor Renato Munhoz, autor da coluna Sustentabilidade, no Londrinense, suspendeu a publicação dos artigos por um tempo, mas prometeu voltar em 2024 diante da relevância que o tema aquecimento global passou a ter. “Há dez anos se falava muito em aquecimento global, mas nós não sentíamos muito. Hoje a gente sente. A geração que está vindo está recebendo esta herança da inconsequência ambiental”, afirma.

Produzido em parceria com o ZGM Estúdios, O Londrinense POD está disponível no canal do YouTube e no Spotify. Se inscreva no canal, curta e compartilhe.

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