A deputada estadual diz que as articulações para as eleições municipais de 2024 já começaram e as mulheres têm que ampliar a participação nas Câmaras de Vereadores e Prefeituras
por Suzi Bonfim
Faltando menos de um ano para as eleições municipais, o assunto desta edição do O Londrinense POD é a participação da mulher na política e como elas estão dividindo os espaços de poder, até então, dominados apenas pelos homens no Paraná.

Na entrevista às jornalistas Telma Elorza e Suzi Bonfim, por videoconferência, Márcia Huçulak, em Curitiba, conta que tem sido procurada por muitas mulheres interessadas em disputar as eleições em 2024.
A deputada diz que incentiva e defende o papel da mulher no Poder Legislativo e Executivo. “O ano que vem começa já. Para que uma sociedade tenha mais tolerância e justiça social, nós precisamos de mulheres em espaço de poder e decisão”, ressalta.
A deputada estadual Márcia Huçulak (PSD), uma das 10 parlamentares da bancada feminina da Assembleia Legislativa do estado, afirma que a atuação das mulheres tem promovido mudanças no modus operandi do Poder Legislativo.
De acordo com Huçulak, além de ocuparem cargos na Mesa Diretora da casa, a votação dos projetos passa pelo crivo minucioso do olhar feminino. “A mulher é do detalhe e o homem vê o macro. Coisas que para os deputados passariam despercebidas, as deputadas avaliam e pensam no impacto da lei que está sendo aprovada. As mulheres estão acordando e têm que participar, sim, da política”, constata Márcia Huçulak que escreve a coluna Mulher na Política no O Londrinense.
Mulheres são mais questionadas quando se candidatam a um cargo político
A deputada estadual que tem 35 anos de atuação na área da saúde e por 14 anos ocupou cargos de gestão no governo do Estado e em Brasília, ressalta que a cultura machista ainda prevalece na sociedade de um modo geral. Muitas não têm o apoio da família e do marido. Márcia lembra que foi questionada por algumas pessoas sobre porque ela estava se candidatando.
“Fui abordada em Curitiba por pessoas que diziam porque você vai se candidatar, você vai se perder na política. Perguntas que ninguém costuma fazer para os homens quando se candidatam. Muitos homens não entendem nada de políticas públicas, de gestão e são eleitos”, diz a deputada com indignação.
O Londrinense POD é produzido em parceria com o ZGM Estúdios e está disponível no canal do site no Youtube e no Spotify. Assista, curta e compartilhe.
Uma resposta
Eu também defendo uma maior participação das mulheres na política.
Eu mesma gostaria muito de participar da vida política do meu município.
Estou aposentada, formada em Ciências Sociais.
Agora, como já me expressei nessa tribuna sobre mulheres na política, não significa apoiar qualquer candidatura feminina, que infelizmente longe do que menciona a Deputada sobre uma suposta sensibilidade maior das mulheres, muitas se igualam ou são piores do que muitos homens. Perdem a oportunidade de fazer a diferença.
Queremos homens e mulheres humanistas, que representem efetivamente o conjunto da sociedade.
Está na hora, da esquerda e da direita do campo democrático serem mais capazes de um diálogo franco, democrático e republicano sobre questões fundamentais como igualdade social, econômica, meio ambiente, quilombolas, indígena, LGBTQUIA+, como agenda comum.
Está bem cansativo presenciar brigas ideológicas, essa cegueira ideológica que acaba afetando todos nós.
É possível uma política, uma agenda comum, e o papel do eleitorado é extremamente importante na construção de um parlamento onde o consenso permeie o debate.