Prefeitos defendem o planejamento integrado em áreas como saúde, educação, moradia preconizado em uma região metropolitana
Agência Estadual de Notícias
A Secretaria do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas deu início, nesta quarta-feira (06), a mais uma etapa na elaboração do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) da Região Metropolitana de Londrina. O secretário João Carlos Ortega apresentou o conteúdo da Carta de Adesão dos Municípios, em encontro virtual, com a participação de prefeito, secretários municipais, diretores e técnicos da Secretaria e do Serviço Social Autônomo Paranacidade. As prefeituras têm cinco dias úteis para se manifestarem sobre a adesão.
“Sabemos que há questões importantes para todos os municípios, com respeito à realidade de cada um, suas demandas e prioridades. Precisamos, por isso, da participação efetiva dos prefeitos”, disse Ortega. Ele discorreu sobre a implantação de um modelo de gestão da região metropolitana, de acordo com o Estatuto da Metrópole, e que complemente as ações do Governo do Estado na promoção do desenvolvimento urbano.
Para o superintendente executivo do Paranacidade, Álvaro Cabrini, o principal ponto desse processo de preparação do PDUI é chegar à instalação do ente interfederativo, que será responsável pela gestão do planejamento regional.
“Em uma região metropolitana, não há como pensar em um município isoladamente. Uma decisão sobre uma área industrial, por exemplo, interessa não apenas ao município onde as indústrias funcionarão. Há a questões como a mobilidade, moradia, estruturas de saúde, segurança e educação. E todas precisam ser observadas”, afirmou.
Exemplo disso foi apresentado por Willian Piva, representante de Jataizinho. “Somos um município vizinho de Londrina e registramos três mil passagens diárias com destino a Londrina. Para a cidade grande, esse número pode até passar despercebido, mas representa um grande impacto para o nosso município, que tem 12 mil habitantes”, disse.
Para o prefeito de Ibiporã, José Maria Ferreira, esta é uma oportunidade de corrigir um erro histórico. Ele lembrou que no passado, em busca da integração do transporte ou da redução de tarifas de telefonia, muitos municípios aderiram a regiões metropolitanas.
“Agora, teremos a unicidade de planejamento para desenvolver integralmente as cidades e a nossa região. Não será uma adesão automática, mas com discussão, com propostas e com a revisão de conceitos. Saúde, transporte urbano e o sistema viário são assuntos para definir o sucesso da integração dos municípios”, afirmou.
O prefeito de Arapongas, Sergio Onofre da Silva, lembrou que esta é a primeira vez que um corpo técnico discute a região metropolitana e defendeu a necessidade de superar o que chamou de bairrismo e trazer o desenvolvimento para a região metropolitana como um todo. “Tem projetos que precisam ser feitos com a participação dos municípios. É um fortalecimento da região”, afirmou.
Foto: FNEM