Por Suzi Bonfim
O Brasil sempre foi exemplo de imunização para o mundo oferecendo vacinas para crianças, jovens e adultos de graça pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas, nos últimos anos, a queda nos índices de vacinação traz de volta o fantasma de doenças que foram eliminadas no país como a poliomielite e o sarampo.
É difícil entender porque o que está disponível e de graça nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) não tem sido demandado pela população. A vida, principalmente, das crianças de 0 a 6 anos está em risco.
Para tentar recuperar o desempenho na área, o Ministério da Saúde vai desembolsar mais de R$151 milhões a estados e municípios, para incentivar as iniciativas de multivacinação de crianças e adolescentes em todo o país.
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A medida é necessária para ampliar as ações junto à sociedade reforçando a urgência no aumento dos índices de vacinação.
Porém, me pergunto se é preciso este tipo de investimento para definir estratégias básicas como a vacinação de crianças na escola, a exemplo do que está sendo implantado pela prefeitura de Londrina.
Para imunizar cerca de 12 mil alunos da rede municipal de ensino, o município lançou esta semana o Programa Vacina na Escola, definido como inédito, mas foi uma prática comum na década de 1970, quando o governo militar do Brasil tornou obrigatória a vacinação nas escolas.
Outro detalhe intrigante é a demora em viabilizar o que é óbvio, ou seja, a escola é o local que agrega a maior população alvo do Programa Nacional de Imunização (PNI) e os responsáveis em garantir que o calendário de vacinas esteja em dia, os pais. Portanto, os estabelecimentos de ensino são uma porta para cobrar, alertar e divulgar o imprescindível ato de amor ao filho: vacinar.
Agora, faça a sua parte como responsável por uma criança e por você, adulto ou idoso. Vá a uma UBS e se vacine. São mais de 20 vacinas, disponibilizadas nas salas de vacinação do SUS, com recomendações e orientações específicas para crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos e indígenas.
Foto: Marcos Lopes/MG
Suzi Bonfim
Jornalista, formada na UEL, por quase 30 anos morou em Cuiabá -MT. De volta a Londrina-PR, vive a fase R de reencontros e renovação, respirando novos ares. Escreve sobre o que acredita por um mundo melhor. Instagram @suzi.bonfim
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1 comentário
Sim, concordo.. não compreendo o motivo de não implementar algo assim. É eficiente.. mas antes tarde que nunca…