Por Vander Cardoso
Todos sabemos que, ao fazermos compras, o preço é um componente importante na tomada de decisão. E como eles são formados?
Quando tratamos de produtos físicos, comuns, o preço é obtido a partir da somatória dos custos de produção, mais a margem de contribuição definida pelo empresário. Neste caso, matéria-prima, energia e mão-de-obra, por exemplo, são relativamente fáceis de mensurar. Quando falamos de seguros patrimoniais, para empresas, um outro conjunto de fatores é que ajuda na determinação do preço da apólice.
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A localização da empresa é um dos elementos considerados pelas seguradoras na formação dos seus preços. A depender da cobertura que se contrata, o peso relativo deste item será maior ou menor. Para seguros contra incêndios, por exemplo, o tamanho da cidade e sua estrutura de combate a fogos estão aqui compreendidos. Se falamos de seguro contra vendaval, como sabemos, há regiões mais propensas à ocorrência deste fenômeno natural. Por isso, localidades altas ou que sejam corredores frequentes de ventos fortes puxam as taxas para cima.
A ocupação da organização para a qual se pretende contratar o seguro é outro fator de ponderação. A ocupação corresponde à atividade ou atividades desenvolvidas pela empresa. Facilmente percebemos que algumas atividades representam maior risco de sinistro do que outras. Uma fábrica de móveis, por exemplo, onde se trabalham e se depositam materiais altamente inflamáveis, como madeira e espuma, tem maior probabilidade de ocorrência de incêndio do que uma loja de carros. Se a análise recai sobre possibilidade de ocorrência de danos elétricos, possivelmente um escritório de transmissão de dados tenha maior custo do que uma oficina mecânica.
Os tipos de construção afetam o valor do seguro patrimonial
O tipo de construção é o terceiro item estudado pelas seguradoras na formação dos seus preços. As características da construção são determinantes para a percepção do grau de risco que representam. Neste quesito, quatro tipos de construção são considerados; superior, sólido, misto e inferior.
Grosso modo, a construção do tipo superior é aquela feita em alvenaria, com laje e fiação elétrica embutida. Entre as quatro possibilidades, esta é a melhor pela sua consistência e maior resistência a eventos seguráveis.
O tipo sólido diz respeito às construções também em alvenaria, mas onde se permitem forros de outro material e fiação elétrica aparente.
As construções de madeira, menos comuns, indicam um tipo de construção menos resistente e, por isso, mais susceptível à ocorrência de sinistros. Geralmente, por isso, são recusadas pelas seguradoras que buscam, claro, lucro em seus negócios.
Por último, as edificações mistas são aquelas que têm parte da sua estrutura em alvenaria e parte em madeira. Assim como o tipo inferior, este também tem muitas restrições por parte das seguradoras, que, habitualmente, negam aceitar seguros aqui enquadrados.
Assim visto, temos que a precificação dos seguros exige muita informação e cuidados do administrador. Por isso, ao contratar seguros, ainda que gostemos de preços baixos, há que desconfiar daqueles que fogem à lógica probabilística. Contrate bem. Converse com seu corretor de seguros.
Vander Cardoso


Formado em Administração pela UEL e em Economia e Contabilidade pela Unopar. Pós graduado em Marketing, tem MBA em Estratégia Empresarial pela USP. Atua no ramo de seguros desde 1990, tendo sido gerente comercial em várias seguradoras, nacionais e multinacionais. Atualmente é professor universitário e sócio-administrador da Max Line Corretora de Seguros. Fone (43) 3027-2707, cel (43) 999573708. Site: www.maxlineseguros.com.br. Instagram @maxlineseguros
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